02/11/2023 - 08:30 - 10:00 COC22.1 - Midias digitais: ativismos e empoderamento em saúde |
48262 - MOVIMENTO ANTIVACINAS NO FACEBOOK: VERDADES EM DISPUTA ANGÉLI DO PRADO CASAGRANDE - BIANCA BONFANTE, MICHELE NEVES MENESES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL E MOVIMENTO POPULAR DE SAÚDE - MOPS E ANEPS RS, ANGÉLI DO PRADO CASAGRANDE - UFRGS, BIANCA BONFANTE - UFRGS
Apresentação/Introdução Desde o ano 2020, quando se instaurou no mundo uma pandemia, as vacinas estiveram em foco
e tornaram-se tema de debates e disputas acerca da sua validade como medida de mitigação dos
efeitos da covid-19, sobretudo no pela necessidade do desenvolvimento de novos imunizantes
em tempo recorde. Em um momento histórico em que posições conservadoras vêm ganhando
destaque em declarações e medidas administrativas de representantes do poder público, percebi
o crescimento das discursividades antivacinas que ganham notoriedade, especialmente, através
das redes sociais como o Facebook, que se constituem em um importante terreno de produção
de saberes.
Objetivos O objetivo desse estudo consistiu em analisar a diversidade
discursiva difundida através do Facebook entre pessoas que se recusam a vacinar seus filhos ou
a receber vacinas, investigando como funcionam os mecanismos e as técnicas de subjetivação,
presentes nessa rede social, com vistas a obter adeptos para a causa antivacinas.
Metodologia A partir da
seleção dos excertos publicados no grupo, durante o ano de 2021, realizei a análise de tais
documentos inspirada em Michel Foucault, a partir das inter-relações dos conceitos de saber,
poder e sujeito, descrevendo os discursos que circulam nesse local e como eles operam na
constituição de subjetividades, no mundo contemporâneo.
Resultados e discussão Ao longo da pesquisa busquei descrever práticas
discursivas específicas de um grupo presente no Facebook intitulado Vacinas: O Lado Obscuro
das Vacinas, focado na propagação de informações antivacinas, dando ênfase ao contexto mais
amplo de onde surgem tais especificidades, procurando observar uma tendência cultural de
engajamento político relacionado à saúde, a partir de uma reflexão sobre como esses grupos
têm se articulado em torno do movimento antivacinas, tão antigo quanto as próprias
imunizações, mas que vem se reinventando e adquirindo novos contornos nos dias atuais,
através das redes sociais online.
Conclusões/Considerações finais Esta Dissertação apresenta uma reflexão que coloca em interlocução as mídias
digitais/sociais, a comunicação e a saúde, na intenção de evidenciar a existência de redes de
sociabilidades interessadas na (e pela) produção, discussão e divulgação de discursos
antivacinas nesses novos ambientes culturais.
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