Comunicação Oral Curta

02/11/2023 - 08:30 - 10:00
COC26.1 - Apostar na vida: desafios para a saúde na reinvenção do cuidado

45096 - EQUIPE DE CONSULTÓRIO NA RUA: MANEJO DA TUBERCULOSE NA PANDEMIA DE COVID-19
ALINE AZEVEDO VIDAL - SMS RJ, KARLA SANTA CRUZ COELHO - UFRJ


Apresentação/Introdução
A equipe de consultório na rua lida com os problemas clínicos das pessoas em situação de rua, sendo a tuberculose um dos mais prevalentes. Além dos desafios no manejo da tuberculose, em março de 2020 foi declarado estado de pandemia da COVID-19. Compreendendo o potencial da equipe de consultório na rua, os profissionais devem ver a si no ato de cuidar para que possam se colocar em processos analíticos sobre seus modos de enfrentar a situação que vivem, no campo da tuberculose, adquirindo certo “manejo” com situações mais complexas como contexto da pandemia de COVID-19, sendo o conhecimento construído na prática, com reflexão e reelaboração dela mesma.


Objetivos
Analisar o processo de trabalho da equipe de consultório na rua da Área Programática 5.1 no manejo dos casos de tuberculose no contexto da pandemia de COVID-19 no município do Rio de Janeiro.

Metodologia
Pesquisa exploratória de abordagem qualitativa que tem como material de análise o conteúdo das entrevistas com os sete profissionais da equipe de consultório na rua. A partir das entrevistas emergiram 03 eixos temáticos como: 1 - Elementos desafiadores/potencialidades/fragilidades do cuidado à Tuberculose na população em situação de rua no contexto da pandemia de COVID-19; 2 - Construção da Rede de cuidados e intersetorialidade para o acompanhamento da pessoa em situação de rua com tuberculose no contexto da pandemia de COVID-19; e 3 - A rua como espaço de produção de cuidado: Processo de trabalho da eCR no manejo da tuberculose na população em situação de rua no contexto da pandemia de COVID-19.

Resultados e discussão
Cabe construir redes de cuidado que se desdobram em uma multiplicidade de tecnologias de cuidado baseadas nos territórios da vida e do trabalho das pessoas, usando ferramentas muito mais manejáveis do ponto de vista do custo, mas principalmente com uma capacidade de interferir de maneira efetiva. As relações de proximidade e organicidade com a rede e a população em situação de rua são pontos de evidência. Para o compartilhamento do cuidado e o fortalecimento da rede intra e intersetorial tenha êxito, se faz necessário o alinhamento das ações e diálogo entre os dispositivos do território para melhor operacionalização das atividades integradas. Portanto, é fundamental ampliar as reflexões sobre cuidados relacionais como uma ferramenta potente para o processo de trabalho da equipe de consultório na rua no manejo da tuberculose junto à população em situação de rua no cenário da pandemia de COVID-19, além de ponderar nos espaços de reunião/discussão o modo como eCR está conduzindo o cuidado, a estrutura e organização da rede visando avançar no apoio articulado com aplicabilidade de acolhimento, diálogo e compartilhamento das ações com os diversos dispositivos do território.



Conclusões/Considerações finais
Conclui-se que realizar o cuidado junto à pessoa em situação de rua com tuberculose no contexto da pandemia COVID-19, exige não somente o manejo dos protocolos clínicos, mas a construção do trabalho compartilhado com a rede intra e intersetorial.