02/11/2023 - 08:30 - 10:00
COC32.1 - Saúde mental de crianças /adolescentes |
47768 - ESPERANÇAR, CUIDAR, AMPLIAR O CUIDADO NA RAPS: CAPS I DE PAUDALHO-PE E SUA EXPERIÊNCIA DE AFETO COM UM GRUPO TERAPÊUTICO PARA ADOLESCENTES
EMANOEL FELICIANO ALVES DE SOUZA - PREFEITURA MUNICIPAL DE PAUDALHO, ANA REBECA PAULINO PORTELA - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SERTÃO CENTRAL, FACHUSC, RIVA KARLA VIEIRA DA SILVA - PREFEITURA MUNICIPAL DE PAUDALHO, ANDREZA PINTO MARINHO DOS SANTOS PIMENTEL, CARLA CYNYRA CANDIDO GRACIANO - PREFEITURA MUNICIPAL DE PAUDALHO, MARIA APARECIDA DA SILVA - PREFEITURA MUNICIPAL DE PAUDALHO
Contextualização
Considerando a necessidade e a importância de um cuidado em rede de saúde mental, pretende-se aqui relatar como uma rede articulada irá preconizar o cuidado no território, facilitará o acesso aos dispositivos de saúde, fazendo valer a Portaria nº 3.088 de 2011. Esta institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2011). Para tal vivência, se buscou a base teórica que fundamenta a Clínica Ampliada, entendida como o processo de ressignificação das condutas em saúde, colocando o/a usuário/a como protagonista (BRASIL, 2001). O desdobramento dessa experiência ocorreu pelo acompanhamento da rotina do CAPS I Flor da Mata, serviço localizado na Zona da Mata Pernambucana, mais precisamente no município de Paudalho - PE, seu nome faz alusão ao hino da cidade, as belezas da Mata Atlântica
Descrição
A elaboração desse trabalho surge no processo de criação e desenvolvimento de um grupo terapêutico para usuários adolescentes de um CAPS tipo 1 (Centro de Atenção Psicossocial. Modalidade para municípios com população de 20 mil até 70 mil habitantes), que atende demandas em geral de transtorno mental e uso abusivo de álcool e outras drogas (BRASIL, 2002). contextualizando a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) desse município.
Período de Realização
Criado em novembro de 2020, sendo desenvolvido atualmente.
Objetivos
A experiência de criação desse espaço de cuidado voltada para esse público, revela reflexões sobre o dinamismo da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que respeita o princípio de integralidade do SUS. O grupo surge da necessidade do CAPS em apresentar outras formas de cuidado para com esse público, para além da ferramenta de atendimentos individuais e das atenções à crise dedicadas a estes/as usuários/as.
Resultados
O cuidado em saúde mental se mostra como um desafio quando a rede não consegue articular os serviços de saúde, o que se viu nessa experiência é que a qualidade dessa oferta se dá quando o diálogo entre os dispositivos acontece de fato. Além de uma formação continuada entre os profissionais de saúde, também é necessária uma gestão pública interessada com a saúde mental, nesse sentido Paudalho- PE se apresenta na vanguarda desse cuidado. Os serviços não sofreram baixas mesmo com o período marcado por menos investimentos em saúde no País, pelo contrário, o município vem expandindo a oferta de cuidado, como a criação de um serviço ambulatorial de saúde mental voltado para o público infanto-juvenil.
Aprendizados
A introdução desses usuários a rotina do CAPS trouxe necessidade uma adequação da rotina do serviço, era preciso renovar. A equipe sempre acreditou no processo mútuo de aprendizado com os usuários, com os adolescentes isto se fortificou, foi como rever a própria formação subjetiva de cada um. Outra questão importante à ser colocada é disseminação de informação sobre o serviço, tornar o CAPS um serviço mais conhecido, sendo o público adolescente o de maior acesso as redes sociais, o serviço passou a ser mais reconhecido pelo município. A RAPS acontecendo hoje e sempre.
Análise Crítica
É necessário também recordar que ainda há muito o que se avançar, como a necessidade de um CAPS 24h no município, ou uma melhor articulação com os dispositivos do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), mas é inegável observar como a Rede de Paudalho - PE faz uma saúde mental valorizada, de um cuidado digno, que respeite seu usuário. Mostra que é possível potencializar esse cuidado, reforçando que a articulação de qualidade dessa rede pode ser real, trazendo esperanças em tempos de pouca estabilidade nesse meio.
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