02/11/2023 - 08:30 - 10:00
COC8.1 - Cuidado, trabalho, diferenças e intersecções em perspectiva |
45120 - POR QUE VOCÊS EXCLUEM QUEM CHAMAM DE “ESPECIAL”: PESSOA COM DEFICIÊNCIA E LITERATURA.
TIAGO CORREIA DE JESUS - UFBA
Apresentação/Introdução
Em 2015, o jovem escritor, ator, diretor e roteirista americano Ryan O’Connell, publicou a autobiografia “I'm Special: And Other Lies We Tell Ourselves”, (Especial - E outras mentiras que a gente conta sobre si mesmo), e que posteriormente, tornou-se uma série na provedora Netflix, cujo nome foi sintetizado de “Special”. O termo “Especial” é utilizado há décadas em diversas sociedades para classificar e distinguir as pessoas com deficiência, independente qual ela seja.
Objetivos
Tecer reflexões acerca do verbete "especial" quando associado à pessoa com deficiência inserindo-a num espaço de exclusão social.
Metodologia
A terminologia "especial" ao adjetivar pessoas com deficiência produz como seu principal efeito a diferenciação normativa entre os corpos, bem como a sua exclusão no meio social. Assim, as camadas subjetivas das pessoas com deficiência são aniquiladas por uma cultura estruturalizadas para apagar o protagonismo desses corpos numa sociedade capitalista-capacitista. Com isso, através de estudos da sociologia, procura-se compreender os efeitos no sujeito.
Resultados e discussão
Diante disso, a partir da obra de O’Connell, busco entender como a sua literatura pode promover uma rasura e questionar as concepções excludentes criadas sobre as pessoas com deficiência, bem como promover a partir de sua narrativa um efeito revés, uma vez que o sujeito da enunciação é a voz subalternizada, silenciada e excluída
Conclusões/Considerações finais
A discussão se pauta nas reflexões acerca do verbete "especial" quando usada para se referir à pessoa com deficiência, assim, os resultados alcançados, até esse momento, demonstram que na história da pessoa com deficiência, inúmeros termos foram e são usados para categorizar o corpo não normativo a uma condição menor. Diante disso, a pesquisa se ampara em estudos como do campo dos estudos sobre deficiência (DINIZ, 2007; FIGUEIRA, 2021), capacitismo (DI MARCO, 2021; LORETO, 2021) e a escrita de si (FOUCAULT, 2014).
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