02/11/2023 - 13:10 - 14:40 CO4.2 - Tecnologias sociais e a inclusão no Sistema Único de Saúde |
47569 - A PRÁXIS COMUNITÁRIA EM SAÚDE COLETIVA: RELATO DA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO DO GRUPO COMUNITÁRIO E MEMORIAL DO ALTO DO CABRITO LÍVIA ALMEIDA FIGUERÊDO - UFBA, YEIMI ALEXANDRA ALZATE LÓPEZ - UFBA, LUCAS DOS SANTOS PEREIRA - UFBA
Contextualização O presente relato aborda a experiência de formação de um grupo comunitário e construção de um memorial com narrativas de vida de moradores de uma comunidade periférica da cidade de Salvador-Ba.
Descrição Dentro de uma perspectiva participativa de engajamento comunitário de moradores em práticas de saúde, objetivamos fortalecer a práxis coletiva já existente na comunidade a partir da colaboração entre saberes, experiência prática e conhecimento científico.
Período de Realização 2022
Objetivos Para tanto, foram mobilizados moradores da comunidade participantes de um coletivo de arte e pesquisadores da área de ciências sociais no sentido de planejarem, implementarem e avaliarem práticas colaborativas em saúde a partir de um pequeno grupo formado com o propósito de ser o espaço de problematização da vida e saúde na comunidade, em uma perspectiva ampliada de saúde coletiva. Foram realizados encontros semanais no grupo comunitário (2021/2024), oficinas formativas em áudio-visual, entrevistas narrativas e realização da primeira feira de saúde do bairro. Além disso, foram socializados os resultados de pesquisas anteriores realizadas no bairro pelo projeto e pensadas intervenções a serem implantadas em fase posterior.
Resultados A metodologia colaborativa adotada assumiu uma abordagem de saúde ampliada, interdisciplinar e intercultural, dialogando e co-produzindo saberes e fazeres a partir da cultura local.
Aprendizados A partir das tecnologias e estratégias colaborativas adotadas, reconhecemos as configurações, desafios e potencialidades locais mobilizadas no cotidiano da comunidade: a luta pela sobrevivência a partir do trabalho, a solidariedade entre as pessoas, a relação entre saúde e o ambiente, a arte e o lazer como uma estratégia de interação e produção de bem-estar e a integralidade no convívio com o ambiente em relação com as práticas de cuidado em saúde.
Análise Crítica Conclui-se que a metodologia participativa permitiu o reconhecimento dos saberes locais e a criação de um espaço dialógico com o conhecimento científico. Tal estratégia compromete-se com um modo de relação e produção do conhecimento em saúde coletiva que seja contra-hegemônico, mais horizontalizado e intercultural, capaz de incluir a diversidade de práticas e saberes, fortalecendo uma práxis participativa menos opressora que libertária.
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