02/11/2023 - 13:10 - 14:40 CO29.3 - Insubmissas reflexões: olhares sobre pandemia, ensino e hanseníase |
47335 - TELEHANS E AS AÇÕES PARA QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO À PESSOA COM HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA AGATHA DE FRANÇA PERGENTINO - UPE, ANDRÉ FELIPE CUNHA FILHO - UPE, WALLYSON ALBINO DA SILVA - UPE, BRUNA DE SOUZA BUARQUE - UPE/ UEPB, DANIELLE CHRISTINE MOURA DOS SANTOS - UPE, RAPHAELA DELMONDES DO NASCIMENTO - UPE
Contextualização A hanseníase é uma doença neural que pode afetar a pele, e quando não tratada, pode ocasionar incapacidades físicas. É uma doença infectocontagiosa, negligenciada e afeta principalmente populações minoritárias. No Brasil, em 2022, apresentou 14.962 novos casos detectados.
Descrição O Ministério da saúde (MS) e a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) desenvolveram o projeto intitulado “Telehans - Ações para qualificação do cuidado à pessoa com Hanseníase na Atenção Primária à Saúde”, vinculado aos Núcleos de Telessaúde no país. A telessaúde é uma tecnologia que objetiva potencializar as ações de apoio às equipes da Atenção Primária à Saúde e no contexto da hanseníase contribui no enfrentamento da doença, na prevenção das incapacidades e no fortalecimento das ações de vigilância por meio da qualificação dos profissionais atuantes.
Período de Realização O início do projeto se deu em novembro de 2022 e mantém cronograma ativo atualmente.
Objetivos Relatar a experiência dos estudantes de graduação em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco (UPE), participantes do Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Cuidado, Práticas Sociais e Direito à Saúde (GRUPEV-UPE) na implantação das ações de uma Comunidade de Práticas online e webpalestras por meio do TeleHans em Pernambuco desenvolvidas com os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS).
Resultados O início do projeto se deu em novembro de 2022 com o aprofundamento dos estudantes sobre hanseníase por meio de cursos e atividades desenvolvidas no GRUPEV-UPE. Foram realizadas reuniões semanais com a equipe responsável pelo projeto com o objetivo de planejar as ações, definir os temas e criar um cronograma de atuação. Os alunos foram orientados quanto ao uso da ferramenta, bem como sobre a Comunidade de Práticas para as ações do projeto. Os encontros virtuais foram mediados pelos pós-graduandos do Programa Associado de Pós-Graduação em Enfermagem UPE/UEPB, sendo os graduandos moderadores do chat durante a transmissão. As webpalestras são realizadas periodicamente e trataram de temas pertinentes à hanseníase como, por exemplo: Avaliação de Grau de Incapacidade Física(GIF) na hanseníase; Redes sociais do cuidado às pessoas com hanseníase; Avaliação neurológica simplificada em hanseníase; Mãos que afagam e afastam: direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase; Hanseníase em Pernambuco: avanços e desafios. Ademais, os encontros contam também com a participação de profissionais especialistas para abordar e discutir sobre a hanseníase.O projeto atraiu a participação de profissionais da APS e também de outras áreas, visto que o acesso à ferramenta Telehans é livre e gratuito. Além disso, os materiais ficam disponibilizados, possibilitando que o profissional possa obter o conteúdo a qualquer momento.
Aprendizados Durante a participação nas ações realizadas foi possível aos alunos inseridos no projeto da Telehans a construção do conhecimento acerca da hanseníase, uma vez que houve a necessidade de dedicar-se ao tema, bem como vivenciar discussões com profissionais especialistas da área durante as webpalestras. As ações permitiram também desmistificar a hanseníase e auxiliar na promoção do combate ao estigma ao qual está atrelada, sendo considerado pelos profissionais atuantes como um de seus maiores desafios no combate à doença.
Análise Crítica É importante destacar que as ações do Telehans permitem não apenas o compartilhamento das experiências e dúvidas entre os profissionais, mas também proporcionam um impacto positivo no desenvolvimento do ensino-aprendizagem dos alunos participantes do projeto que serão profissionais mais preparados para atuação na APS e no combate à hanseníase.
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