Comunicação Oral Curta

03/11/2023 - 08:30 - 10:00
COC4.3 - Familias, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

47531 - A CRIAÇÃO DO JOGO DE TABULEIRO PARA FACILITAÇÕES COM ADOLESCENTES
JEFFERSON RENAN GOMES COUTINHO - UNIASSAU - DOROTEIS, ANTONIA ALINE RODRIGUES PONTES LIMA - UNINASSAU - DOROTEIS, KEINY DE ARAÚJO MAIA - UNINASSAU - DOROTEIAS, LISA NAIRA RODRIGUES DE SOUSA - UNINASSAU - DOROTEIAS, MARIA AGLAILDES DE SOUZA ARAÚJO - UNINASSAU - DOROTEIAS, MARIA ROSÁLIA SOUSA PINTO - UNINASSAU - DOROTEIAS


Contextualização
O Grupo de Estudos, Extensão e Pesquisa em Psicologia e Adolescência tem como objetivo oferecer um espaço que permita o acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, possibilitando que eles experimentem um desenvolvimento humano saudável. São realizadas reuniões práticas semanalmente, além de uma reunião de discussão após. Durante as reuniões de supervisão sempre é discutido o que foi realizado na atividade prática e estratégias que possam otimizar e aumentar o impacto no público-alvo, isso elaborando novas formas de abordagem(LIMA, A. A. R.P. et al, 2023). Por intermédio das supervisões grupais, alguns integrantes do GEPA, se inquietaram diante de ações mal sucedidas com adolescentes, já que as temáticas que surgiam, comumente os recursos utilizados não alcançavam um trabalho interventivo com eficiência naqueles jovens.

Descrição
Os jogos e outros recursos lúdicos, tem sido utilizados com frequência como ferramenta educativa, terapêutica e psicoeducativa em diferentes contextos sociais. Essa ferramenta amplia as capacidades criativas dos envolvidos nas facilitações grupais (AMADOR e MANDETTA, 2022). O jogo é um instrumento que amplia a comunicação entre o psicólogo, a criança e seus familiares (AMADOR e MANDETTA, 2022). Os jogos e outros recursos lúdicos, tem sido utilizados com frequência como ferramenta educativa, terapêutica e psicoeducativa em diferentes contextos sociais. Essa ferramenta amplia as capacidades criativas dos envolvidos nas facilitações grupais (AMADOR e MANDETTA, 2022). Ao pensar no lúdico como ferramenta de trabalho, deu-se a criação de um jogo, ao qual foi aplicado com adolescentes imersos no contexto de vulnerabilidade social. Nesse contexto, foi pensado sobre as dificuldades encontradas ao se trabalhar “regras de comportamentos” (LIMA, A. A. R.P. et al, 2023).

Período de Realização
O projeto foi desenvolvido entre 14 de março de 2023 e 16 de maio de 2023.

Objetivos
Abordar a indispensabilidade do jogo como recurso lúdico em facilitações; descrever o percurso da criação de um jogo em um grupo de pesquisa acadêmica; validar a relevância de um jogo na facilitação de grupo com adolescentes.


Resultados
Ao revisar os artigos escritos por Amador, Mandetta ( 2022), e Lima et al.(2023), foi possível associar os escritos as práticas e elaboração de um jogo de tabuleiro. Na dinâmica se percebe a multiplicidade de emoções e desejos externalizados pelos adolescentes participantes da aplicação do jogo, o processo foi pensado e repensado a partir de condutas que despertasse nos adolescentes autonomia e empoderamento. De fato, a aplicação lúdica de um jogo de tabuleiro, criação do GEPA, foi fator crucial para validar um trabalho criativo, psicoeducativo. A adolescência é uma etapa crucial que carece trabalhos focais que colabore no processo desenvolvimental (LIMA,et al, 2023).


Aprendizados
Foi aprendido a reconhecer a importância de considerar as características e necessidades específicas dos adolescentes ao selecionar um jogo como recurso de facilitação; reconhecido que o jogo é uma ferramenta poderosa para promover a aprendizagem e o engajamento das pessoas em diferentes contextos; e feita coleta feedback e avaliações dos adolescentes participantes para verificar se o jogo atendeu às expectativas, se foi efetivo na facilitação do grupo e se gerou um ambiente de aprendizagem e diversão.

Análise Crítica
Por fim, constatou-se que o jogo de tabuleiro, ao ser aplicado com os adolescentes, possibilitou, um diálogo mais aberto entre os facilitadores e os adolescentes. Foi possível verificar que os adolescentes falavam sobre suas dificuldades e ao mesmo tempo refletiam sobre as falas e sentimentos externalizados. A escuta, o se escutar abriram caminhos à reflexões e diálogos de acolhimento, mediante os sentimentos de raiva, violência doméstica, bullying e apelidos depreciativos que recebiam no seio da comunidade em que vivem. Os jogos de tabuleiros (jogo da conduta) como recurso lúdico, continua sendo uma ferramenta potencializadora e reveladora, e se mostrou um instrumento repleto de possibilidades, ao se explanar demandas relativas a subjetividade, que comumente, passa despercebidas pelos sujeitos em suas condutas sociais, principalmente em se tratando de adolescentes de periferia.