03/11/2023 - 08:30 - 10:00 COC15.4 - Violência de gênero física, política e simbólica: lições para o sistema de saúde |
48218 - PANORAMA INSTITUCIONAL DO TRABALHO GRUPAL COM HOMENS AUTORES DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO BRASIL LORENA PADILHA PEREIRA - FIOCRUZ BRASÍLIA, PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE., FRANCINI LUBE GUIZARDI - FIOCRUZ BRASÍLIA, PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE., VALESKA MARIA ZANELLO DE LOYOLA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA.
Apresentação/Introdução A Lei Maria da Penha prevê o atendimento aos homens autores de violência em centros de
reabilitação traduzidos, na prática, em atividades grupais. O artigo apresenta um panorama nacional
destas ações, realizado por meio de revisão de literatura, pesquisa bibliográfica e documental.
Objetivos Nossa lupa de análise foi a compreensão de como se traduz atualmente, na realidade brasileira, as ações grupais a partir do panorama institucional realizado
Metodologia Os grupos foram identificados através de buscas nas bases LILACS/BVS, MEDLINE/PUBMED,
COCHRANE LIBARY, EMBASE, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD),
portal de periódicos da CAPES, mapeamento e listagem nacional das iniciativas com HAV já
publicadas e pesquisa web. Dos 309 grupos identificados, 271 responderam o questionário enviado
por meio eletrônico nos meses de abril e maio de 2021.
Resultados e discussão Os resultados possibilitaram traçar um
panorama que evidenciou as instituições atuantes; a forma de encaminhamento dos homens; a
existência do trabalho em rede e aproximação dos movimentos sociais; informações sobre a equipe
facilitadora; objetivos; metodologia de avaliação e os principais resultados e dificuldades
destacados pelos grupos. Hiatos também foram confirmados como a ausência de política pública
nacional que acolha e impulsione as organizações locais; a falta de formação continuada da equipe
de facilitação; a ausência ou pouco aporte financeiro e, principalmente; a fragilidade na avaliação e
monitoramento das atividades.
Conclusões/Considerações finais Os grupos têm sido estruturados pela via dos incômodos com o que está posto e a reivindicação uníssona de alteração do quadro de abandono institucional. Apesar da somatória de dificuldades, há de se destacar que intervenções sérias estão sendo realizadas e a perenidade dessas ações fica a cargo de profissionais engajados/as que fincam suas práticas a partir de uma leitura articulada de aparatos legais e sua aplicabilidade no cotidiano dos serviços.
A bem da verdade, a prática concreta é capaz de fornecer subsídios qualificados para a elaboração de manuais orientadores dos grupos, mas o cenário de aportes ausentes ou fragilizados tende a distrair as/os profissionais desta percepção. Grupos com HAV existem em quantidade pelo país e alcançam resultados. Este “chão da vida” precisa de validação e ser convocado para a construção de políticas
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