45927 - PROJETO #FOCA NO SUS: EDUCOMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA NO COMBATE A ARBOVIROSES
GRACIANA DAGMAR DE LIMA - SMS - PMSP (UNIDADE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE PIRITUBA/SMS/MUNICÍPIO DE SÃO PAULO), RAFAEL FRANÇA LIMA - SMS - PMSP (UNIDADE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE PIRITUBA/SMS/MUNICÍPIO DE SÃO PAULO), FERNANDA LIMA DOS SANTOS - SMS - PMSP (UNIDADE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE PIRITUBA/SMS/MUNICÍPIO DE SÃO PAULO), JULIANA CRISTINA FERREIRA RAIA - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE MORRO DOCE/SMS/ MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, YASMIN MAYARA DE OLIVEIRA GARCIA - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE VILA PIRITUBA/SMS/ MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, SANDRA APARECIDA HERBST - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE JARDIM CIDADE PIRITUBA/SMS/ MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, TANIA DE CASTRO COUTINHO DIAS - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE JARDIM CIDADE PIRITUBA/SMS/ MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, LETICIA SILVA ARAÚJO - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE VILA CAIUBA/SMS/ MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Contextualização
O projeto Foca no SUS: Educomunicação como ferramenta no combate a arboviroses nasceu em meio a pandemia de COVID-19, com o desafio de permitir a continuidade das ações de vigilância, mobilização e educação em saúde, para controle das arboviroses, num momento de necessidade de distanciamento social, o que dificultou o acesso dos agentes de saúde aos imóveis residenciais e as orientações para a eliminação de criadouros, além do esvaziamento e desarticulação dos Comitês Regionais de Combate as Arboviroses. Nesse contexto, foi essencial pensar numa forma de alcançar as pessoas em suas casas, levando informação qualificada e de fácil acesso ao público-alvo do projeto, moradores dos bairros de Pirituba e Perus, na zona Noroeste do município de São Paulo utilizando ferramentas amplamente difundidas e utilizadas por essa população: as redes sociais.
Descrição
Desse modo, o projeto buscou devolver o protagonismo da população na vistoria e eliminação de potenciais criadouros de Aedes aegypti nos imóveis, através da disponibilização de vídeos educativos curtos sobre o tema, elaborados, produzidos, editados e compartilhados nas mídias digitais (Instagram, YouTube, WhatsApp e Facebook) por uma rede colaborativa de profissionais de saúde da atenção básica, representados por agentes comunitários de saúde e agentes de promoção ambiental e da Vigilância em Saúde representada por agentes de saúde – endemias e analistas em saúde (biólogo e veterinário). Na prática formou-se um espaço de educação permanente dessas equipes, que se viram fortalecidas num momento de angústia e preocupação de que, além do coronavírus pudesse ocorrer também uma epidemia de dengue, o que traria ainda mais sobrecarga ao sistema de saúde. O Conselho Gestor das Unidades também atuou como parceiro importante na disseminação dos conteúdos produzidos em seus territórios de atuação.
Período de Realização
Iniciou-se em outubro de 2020 e permanece até a atualidade. Nesse período, diante das dificuldades de recursos materiais (equipamentos e programa de edição de vídeos) surgiram novas propostas para adequação do formato de mídias, agregando formatos como o fanzine e stop motion, cuja execução requer menos recursos financeiros, o que se mostrou um entrave para o projeto, já que não há recurso orçamentário específico para tal fim.
Objetivos
Ações de vigilância, mobilização e educação em saúde, para controle das arboviroses, envolvendo agentes comunitários de saúde, agente comunitários endemias, Comunidade e todos os profissionais de saúde que atuam na vigilância e na atenção básica.
Criando matérias de divulgações por meios digitais e para o uso do dia a dia dos profissionais dos territórios noroeste do município de São Paulo.
Resultados
Além do que o esperado inicialmente, um dos principais resultado alcançado não foram só os conteúdos produzidos mas também a aproximação das equipes de atenção básica e vigilância em saúde, proporcionando o fortalecimento da rede de atenção à saúde do território, para além das questões das arboviroses, permitindo um espaço contínuo e rico de discussão e elaboração de propostas nas temáticas ambiental, de posse responsável, esporotricose, acidentes com animais peçonhentos e outros. Além disso, essa aproximação das equipes permite maior agilidade na resolução conjunta dos problemas ambientais e sanitários.
Aprendizados
Durante esse percurso foi possível observar que há necessidade de aprimorar as formas de avaliação e monitoramento do alcance do conteúdo ao público-alvo, bem como aumentar a visibilidade do projeto junto aos gestores municipais, para que se sensibilizem sobre a importância da educação em saúde e da mobilização social como premissa tão importante quanto as questões de controle do vetor e de assistência aos pacientes.
Análise Crítica
Foca no SUS: Educomunicação como ferramenta no combate a arboviroses" surge como uma resposta criativa às restrições impostas pelo distanciamento social durante a pandemia de COVID-19. Ao utilizar as redes sociais para alcançar a população-alvo, o projeto busca devolver o protagonismo da população na prevenção e eliminação de criadouros do Aedes aegypti. Além disso, fortalece a cooperação entre as equipes de saúde, permitindo discussões e propostas em diversas temáticas além das arboviroses. No entanto, enfrenta desafios relacionados à falta de recursos materiais, o que exigiu adaptações no formato das mídias. É necessário aprimorar a avaliação do alcance do conteúdo e aumentar a visibilidade do projeto junto aos gestores municipais para fortalecer a educação em saúde e a mobilização social.
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