22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE03 - Avaliação de tecnologias médico-sanitárias (TODOS OS DIAS) |
33389 - EFETIVIDADE DO TRATAMENTO SOROTERÁPICO ESCORPIÔNICO EM CRIANÇAS BRASILEIRAS
ANA CAROLINE CALDAS DE ALMEIDA - UFBA, FERNANDO MARTINS CARVALHO - UFBA, YUKARI FIGUEROA MISE - UFBA
Objetivo. Estimar a efetividade do tratamento soroterápico como medida protetora da ocorrência do escorpionismo fatal em crianças brasileiras. Métodos. Estudo de caso-controle com casos de envenenamento por escorpião (CID X-22) de crianças com até 10 anos, registrados ao Sistema de Informação de Notificação de Agravos (SINAN), entre 01/01/2007 e 18/07/2016, sem informações faltantes. Os casos corresponderam aos óbitos por escorpionismo; os controles foram sobreviventes aleatoriamente selecionados na razão de quatro controles para cada caso. A efetividade do tratamento soroterápico adequado em prevenir o escorpionismo fatal foi estimada pela fórmula (OR -1, em %), no programa estatístico STATA 12.0, de acordo com o tempo entre o acidente e chegada à unidade de saúde (<3h/precoce; ≥3h/tardio) e idade do paciente (0-2; 3-5; 6-8; 9-10 anos). Resultados. Foram investigados 254 óbitos por escorpionismo e 1.083 controles. Soroterapia não foi utilizada em 9,4% dos casos fatais. Tratamento adequado-precoce apresentou efetividade de 77,0% na prevenção do óbito, quando oposto aos demais possíveis (inadequado-precoce/adequado-tardio/inadequado-tardio). Considerando apenas os atendimentos tardios, a efetividade do tratamento adequado diminuiu a 51,0%, e aumentou para 73,0%, considerando apenas atendimentos precoces. Tratamento adequado foi efetivo em 66,0% nos pacientes de 0-2 anos, 67,0% nos de 3- 5 anos, 74,0% nos de 6-8 anos e 75,0% nos de 9-10 anos (p<0,05). Conclusão. A efetividade do tratamento na prevenção do escorpionismo fatal foi menor em crianças jovens e com chegada tardia ao serviço de saúde, sugerindo que o tratamento vigente não deva ser o mesmo, independentemente, da idade e tempo de exposição ao veneno.
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