22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE05 - Epidemiologia da saúde bucal (TODOS OS DIAS) |
34292 - CAMINHOS ENTRE RELIGIOSIDADE E EDENTULISMO EM ADULTOS MAIS VELHOS E IDOSOS DO BRASIL
GABRIELE RISSOTTO MENEGAZZO - UFSM, ORLANDO LUIZ DO AMARAL JUNIOR - UFSM, MARIA LAURA BRACCINI FAGUNDES - UFSM, NATÁLIA BOESSIO TEX DE VASCONCELLOS - UFSM, CAROLINA MARCHESAN FELIN - UFSM, FERNANDA DALMOLIN DE CAMARGO - UFSM, JESSYE MELGAREJO DO AMARAL GIORDANI - UFSM
Objetivos: Avaliar os caminhos diretos e indiretos entre religiosidade e edentulismo de adultos mais velhos e idosos brasileiros. Métodos: Este estudo transversal utilizou dados da linha de base do “Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros” (ELSI-Brasil) realizado entre os anos de 2015 e 2016 e com uma amostra representativa de adultos brasileiros com 50 anos ou mais. Variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais de saúde, de religiosidade, espiritualidade e suporte social foram coletadas através de perguntas contidas em questionários domiciliar e individual. Edentulismo foi avaliado através do autorrelato do número de dentes naturais em boca. Além de análise descritiva considerando o peso amostral devido ao processo de amostragem complexo, os caminhos entre religiosidade e o desfecho foram analisados através de modelos de equações estruturais. Resultados: Foram avaliados 9.073 indivíduos. A prevalência de edentulismo na amostra foi de 29,6% (intervalo de confiança de 95%: 27,2%-32,2%). Observou-se que a higiene bucal precária e o hábito de fumar foram mediadores da relação significativa entre menor religiosidade e edentulismo, por meio da menor espiritualidade e do menor apoio social, respectivamente. Além disso, a menor espiritualidade influenciou diretamente a presença do edentulismo nesta população. Conclusões: Sugere-se que a religiosidade tem um efeito protetor contra o edentulismo de maneira indireta, enquanto a espiritualidade se mostra um fator protetor direto. Ressalta-se a importância de que as políticas públicas de saúde levem em consideração os fatores sociais e psicológicos na etiologia e prognóstico de agravos bucais em idosos, assim potencializando maior adesão aos cuidados de saúde.
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