22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE05 - Epidemiologia da saúde bucal (TODOS OS DIAS) |
37946 - ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL POR QUILOMBOLAS DO MARANHÃO E FATORES ASSOCIADOS. CLÁUDIA MARIA COÊLHO ALVES - UFMA, CINTHIA NARA GADELHA TEIXEIRA - UNIFOR, NEURINÉIA MARGARIDA ALVES DE OLIVEIRA - UFMA, PAULO GOBERLANIO DE BARROS SILVA - UNICHRISTUS, CECÍLIA CLÁUDIA COSTA RIBEIRO - UFMA, JULIANA BALBINOT HILGERT - UFRGS, FERNANDO NEVES HUGO - UFRGS
Objetivo: avaliar o acesso e os fatores associados aos serviços de saúde bucal da Atenção Primária à Saúde (APS) por quilombolas no Maranhão, Brasil. Estudo transversal, de base populacional, no quilombo Santa Rosa dos Pretos, em Itapecuru Mirim, Maranhão, Brasil. Métodos: os dados foram coletados por pesquisadores previamente treinados, por meio de questionários estruturados, com informações sociodemográficas, socioeconômicas, de autopercepção à saúde bucal, e de discriminação, através da Escala de Discriminação Explícita. O instrumento Primary Care Assessment Tool – Oral Health of Adults (PCATool-OH) foi utilizado para avaliação da saúde bucal na APS. Para escores altos do acesso aos serviços de saúde bucal da APS foi utilizado o ponto de corte >5,5. A existência de diferenças entre as médias dos escores em relação às variáveis independentes foi avaliada por meio dos testes Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis. Na análise multivariada foi utilizada a Regressão de Poisson. As análises foram realizadas adotando 95% de confiança, e nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 293 quilombolas. O acesso apresentou um escore de 3,93±1,37, sendo avaliado como ruim por 91,4% dos entrevistados. Houve associação entre a autopercepção de saúde bucal com os atributos afiliação (p=0,049), acesso de primeiro contato (utilização) (p=0,014), e com o escore acesso (p=0,002). Também foi observada associação entre a renda mensal familiar e o acesso de primeiro contato (acessibilidade) (p=0,012). Conclusões: a avaliação dos serviços de saúde bucal da APS pelos quilombolas de Santa Rosa dos Pretos foi ruim, sendo necessário o seu fortalecimento, com foco nas populações vulneráveis.
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