22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE06 - Epidemiologia da saúde da criança (TODOS OS DIAS) |
33127 - TENDÊNCIA DA MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS: CEARÁ 2010 A 2017 LUIZA DE MARILAC MEIRELES BARBOSA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, LINDÉLIA SOBREIRA CORIOLANO - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, RAQUEL COSTA LIMA DE MAGALHÃES - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade infantil, no Ceará, tendo como fundamento a “Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do SUS”. Método: Estudo de séries temporais da mortalidade infantil, e seus componentes, por causas evitáveis e não evitáveis, no período de 2010 a 2017. Foram utilizadas como fontes de dados o sistema de mortalidade (SIM) e de nascidos vivos (Sinasc), da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS). Resultados: No período estudado, as mortes infantis por causas evitáveis: a) representaram 69,6% de todos os óbitos; b) ocorreram com predomínio dos óbitos neonatais precoces (78,7%); c) mostraram declínio de 3,3% na sua taxa de mortalidade; d) revelaram o primeiro maior risco no subgrupo “Adequada atenção à mulher na gestação”, 3,3/1000NV em 2010, 3,0/1000NV em 2014 e 3,3/1000NV em 2017, e) dentro do subgrupo referido, expressaram como a principal causa o “Transtorno gestacional de curta duração e peso baixo ao nascer”, representando 36% desse subgrupo; f) exibiram o segundo maior risco no subgrupo “Adequada atenção ao recém-nascido”, tendo a TMI de 2,9/1000NV em 2010, de 2,8/1000NV, tanto em 2014 como em 2017. Conclusões: Apesar da tendência decrescente das mortes por causas evitáveis, esse tipo de morte corresponde à maior parte das mortes infantis, tendo maior risco de ocorrência os óbitos com potencial evitabilidade das causas reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação. O cenário constatado mostra a necessidade de fortalecimento das políticas públicas para a melhoria da saúde materno-infantil, especialmente da atenção ao pré-natal.
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