22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE06 - Epidemiologia da saúde da criança (TODOS OS DIAS) |
33273 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE ESCORPIONISMO EM CRIANÇAS NO ESTADO DO CEARÁ
ANYELLE BARROSO SALDANHA - UFC, EDGAR GOMES MARQUES SAMPAIO - UFC, MARIA AUGUSTA DRAGO FERREIRA - UFC, LUCIANO LIMA CORREIA - UFC
Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de escorpionismo envolvendo crianças atendidas no Centro de Informação e Assistência Toxicológica em Fortaleza, Ceará no período 2015 a 2018
Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com dados coletados a partir do Sistema Brasileiro de Registro de Intoxicações (Datatox) utilizado pelo Centro, sobre crianças de 0 a 12 anos de idade, vítimas de picadas de escorpião de 2015 a 2018. Realizou-se análises descritivas e inferenciais através do Software SPSS, versão 23.
Resultados: No total, foram analisados 1.932 registros de eventos tóxicos envolvendo crianças, sendo destes, 1.301 (67,34%) casos de escorpionismo. A maioria dos casos (91,0%) ocorreu em Fortaleza, com predominância da faixa de 5 a 9 anos (41,0%), mas não havendo diferença entre os sexos (51,3% em meninos). O local de ocorrência mais frequente foi a residência com 89,2% dos casos, seguida do ambiente externo/público com 2,7%. A circunstância foi acidental na maioria absoluta dos casos (96,5%). Quanto à gravidade, embora a grande maioria (94,4%) tenha apresentado sintomas leves, 3,4% dos casos foram moderados e graves. O gênero de escorpião mais frequente foi o Tityus (52,8%), seguido de escorpiões de gênero não identificados no Centro (46,5%). Verificou-se que crianças de idade mais avançada e o gênero Tityus possuem associação significativa com o desfecho clínico dos casos (p<0,002).
Conclusões: Embora negligenciado, o escorpionismo mostra-se bastante frequente no estado do Ceará, havendo necessidade de programas e ações que visem a redução dos casos.
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