22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE06 - Epidemiologia da saúde da criança (TODOS OS DIAS) |
34049 - ADEQUAÇÃO DE ACESSO AO PRÉ-NATAL, NEAR MISS E MORTE NEONATAIS: UM ESTUDO DE COORTE NARAYANI MARTINS ROCHA - INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, PAULINE LORENA KALE - INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Objetivos: Estimar a associação entre adequação de acesso ao pré-natal e near miss e óbito neonatais, na coorte nascidos vivos, Rio de Janeiro, RJ, 2015.
Métodos: Coorte retrospectiva de nascidos vivos (NV) cujas bases de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (2015) e sobre Mortalidade (2015/2016) relacionadas na Secretaria Municipal de Saúde-RJ foram cedidas para pesquisa. Excluíram-se registros de gravidez múltipla e/ou inconsistência entre peso-P e idade gestacional-IG. Casos de near miss foram definidos como nascer com pelo menos um dos critérios pragmáticos: IG<32 semanas, P<1500g ou Apgar 50minuto <7, e sobreviver até 27 dias. Mortes ocorridas nesse período correspondem aos óbitos. Adequação do acesso ao pré-natal (PN) foi categorizada em: não fez; iniciou após ou até o 30 mês de gravidez. Calcularam-se taxas de near miss e mortalidade por 1000 NV total e segundo PN, riscos relativos (RR) e realizado teste o Qui-quadrado.
Resultados: Entre as 88.237 mães da coorte, 0,2% e 23,2% não realizaram o PN ou iniciaram além do primeiro trimestre, respectivamente. Para cada mil NV, 18 foram casos de near miss e cerca de 7 morreram no período neonatal. Considerando-se as taxas de near miss e de mortalidade por adequação de acesso PN (de inadequado para adequado) observa-se RR decrescentes (p <0,01): Near miss - RRnão fez PN=2,1 e RRinício>3m=1,5 e Óbito - RRnão fez PN=7,4 e RRinício>3m=1,5.
Conclusões: A força e o gradiente da associação entre PN e desfechos neonatais graves ratificam a necessidade de intensificar políticas públicas específicas de melhoria do PN.
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