35579 - #CRIANÇA EM CASA: FATORES CONTEXTUAIS E DE SAÚDE NO BRASIL DURANTE PANDEMIA DE COVID-19 TAINÁ RIBAS MÉLO - UFPR, LUIZE BUENO DE ARAUJO - UFPR, MARCOS CLAUDIO SIGNORELLI - UFPR, VERA LÚCIA ISRAEL - UFPR
Objetivo: caracterizar a condição de saúde e fatores contextuais (ambientais e pessoais) de crianças brasileiras de 0-12 anos durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: estudo ecológico, por meio de formulário online (junho-agosto/2020) a cuidadores de crianças (parecer ético nº 4.146.615). Resultados: 849 respostas de 25 estados; 75,2% (Sul); 83,2% de crianças brancas, 78,8% com desenvolvimento considerado “típico”. Nos fatores ambientais a maioria dos cuidadores são mulheres (94,8%), mães (89,9%), em união afetiva (82,3%), em famílias com mãe (97,3%) e pai (80,2%); com uma (58,1%) ou duas crianças (31,5%) e dois adultos (72%). Ausência paterna em 14,3%. Pai fica 3,9±3,6h/dia com a criança enquanto a mãe 9,9±6,4h; 10,5% relatou Violência por Parceiro Íntimo (VPI). 56,8% residem em casa, com mais de 5 cômodos (72,7%), 3 quartos (49,7%), rua asfaltada (89,3%), água encanada (93,6%). Na assistência à saúde, 43,8% utiliza plano privado, 32,3% tanto o plano como o SUS e 23,7% somente SUS; 2,6% dos cuidadores tiveram COVID-19. Nos fatores pessoais, 58,9% tem o pai como chefe da família, 83,3% empregados, com nível médio ou superior incompleto (31,9%). Para as mães, 66,1% empregadas, 45,8% com pós-graduação. A renda foi de 5-10 salários (23,8%). Desemprego em 15% das famílias, 72,3% decorrentes da pandemia, sendo que 9% recebem auxílio do governo (46,1% caixa-COVID, 30,3% bolsa família e 11,8% ambos). Conclusão: a maioria das crianças são cuidadas pelas mães, em famílias com boa condição socioeconômica e de moradia. Chama a atenção o desemprego relacionado à pandemia, sobrecarga materna e VPI.
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