22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE06 - Epidemiologia da saúde da criança (TODOS OS DIAS) |
35580 - #CRIANÇA EM CASA: SAÚDE, ATIVIDADE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NA PANDEMIA DE COVID-19
TAINÁ RIBAS MÉLO - UFPR, LUIZE BUENO DE ARAUJO - UFPR, MARCOS CLAUDIO SIGNORELLI - UFPR, VERA LUCIA ISRAEL - UFPR
Objetivo: descrever a condição de saúde, atividade e participação de crianças brasileiras de 0 a 12 anos durante as medidas de distanciamento social devido à pandemia de COVID-19. Metodologia: estudo ecológico por meio de questionário online (junho a agosto/2020) a cuidadores de crianças brasileiras. Aprovação de Comitê de ética (parecer nº 4.146.615). Resultados: de 849 respostas válidas de todo Brasil, 75,2% foram da região Sul. Condição de saúde considerada típica em 78,8%, com casos de asma (8,1%), bronquite (6,4%) Autismo (1,53%), deficiências (2%) e outras condições 2,8%; 0,9% das crianças testaram positivo para COVID-19. Vacinas do calendário regular em dia para 94,6%. Com relação aos domínios de atividade e participação, dos 73,3% de crianças que frequentavam creche/escola antes da pandemia, 82% estavam realizando ensino remoto, 84,8% usavam mídias e tecnologias (especialmente celular e televisão) por mais de 3 h/dia (43,9%), e apenas uma minoria (31,5%) fazia atividade física (33% mais de 3x/semana, 51% com duração de 30 minutos). 95,9% das crianças ficavam em casa e 93,2% recebiam estimulação com brincadeiras. O cuidado das crianças era na maior parte realizado por mulheres (94,8%), mães (89,9%), com idade de 34,6±7 anos, que ficavam 9,9±6,4 horas com a criança. O distanciamento social foi considerado difícil para 73% dos cuidadores. Conclusão: medidas de distanciamento social, embora necessárias, dificultam a participação das crianças, as quais passam tempos prolongados com uso de telas e com comportamento sedentário, em jornadas familiares com sobrecarga materna, situação que pode ter impactos futuros na saúde, funcionalidade e desenvolvimento dessas famílias.
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