22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE06 - Epidemiologia da saúde da criança (TODOS OS DIAS) |
35635 - FATORES ASSOCIADOS AO TEMPO DE INÍCIO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO INFANTOJUVENIL NO BRASIL
NYELLISONN NANDO NÓBREGA DE LUCENA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, MAYARA DOS SANTOS CAMÊLO MOREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, LUIZ MEDEIROS DE ARAÚJO LIMA-FILHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, ANA MARIA GONDIM VALENÇA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Objetivo: Analisar a distribuição do câncer infantojuvenil e identificar os fatores associados ao tempo estabelecido por lei para o início do tratamento a partir dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC) de 2010 a 2016. Métodos: Estudo observacional, descritivo e analítico, de base secundária, com 36.187 registros do Instituto Nacional do Câncer e da Fundação Oncocentro de São Paulo, identificando características epidemiológicas e o cumprimento da Lei Federal 12.732/12. Os dados foram analisados pela regressão logística (α=5%). Resultados: A idade média foi 9,3 anos (±6,2), 32,0% pertenciam à faixa etária de 0 a 4 anos e 54,1% eram do sexo masculino. Em relação à cor da pele, 43,4% declarou cor parda. A região Sudeste concentrou 40,2% dos casos e, destes, 63,0% apresentaram neoplasia sólida, ao contrário da região Norte, onde a maioria (53,9%), desenvolveu neoplasias hematológicas. Constatou-se que 77,0% dos casos realizaram tratamento no intervalo de tempo ≤ 60 dias, no entanto, 24,0% dos adolescentes tiveram um tempo superior a 60 dias. Observou-se que indivíduos do sexo feminino (OR=1,2), de 15 a 19 anos (OR=2,6), residentes na região Norte (OR=2,7) e com neoplasias sólidas (OR=2,0) tiveram mais chances de realizar o tratamento oncológico em um intervalo de tempo superior a 60 dias. Conclusão: As características do câncer infantojuvenil variaram entre as regiões geográficas brasileiras, a maioria dos pacientes conseguiu realizar seu tratamento no intervalo de tempo preconizado por lei, sendo o atraso maior entre os pacientes do sexo feminino, nos adolescentes, indivíduos com neoplasia sólida e residentes do Norte do país.
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