22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE06 - Epidemiologia da saúde da criança (TODOS OS DIAS) |
37767 - A SEGREGAÇÃO RESIDENCIAL ESTÁ ASSOCIADA A DIVERSIDADE ALIMENTAR EM CRIANÇAS? ISABEL NASCIMENTO DOS SANTOS - DOUTORANDA DO PROGRAMA DE EPIDEMIOLOGIA EM SAÚDE PÚBLICA, LETÍCIA DE OLIVEIRA CARDOSO - PESQUISADORA DA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, INÊS RUGANI RIBEIRO CASTRO - DOCENTE DO INSTITUTO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, LETÍCIA BARROSO VERTULLI CARNEIRO - NUTRICIONISTA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
OBJETIVO: Examinar a associação entre a segregação socioeconômica residencial e a diversidade alimentar de crianças menores de cinco anos. MÉTODO: Estudo seccional realizado em 2014 com amostra representativa de crianças de 6 a 59 meses atendidas na rede básica de saúde do município do Rio de Janeiro. A segregação socioeconômica residencial foi aferida pela estatística Getis-Ord Local Gi*. Os escores foram estimados para áreas geográficas denominadas vizinhanças (agrupamento de setores censitários com até 5mil residentes e características socioeconômicas semelhantes) e divididos em três categorias: baixa, média e alta. A diversidade alimentar mínima foi avaliada de forma dicotômica (sim e não) por meio do indicador de diversidade alimentar. Para ser classificada como “sim” a criança precisaria consumir pelo menos um alimento de cada grupo (cereais e tubérculos; hortaliças; frutas; carnes ou ovo; leguminosas; leite e derivados – incluindo o leite materno) no dia anterior a entrevista. Foi utilizado um modelo logístico. RESULTADOS: Das 469 crianças analisadas, cerca de 56% (n=262) viviam em vizinhanças com alta segregação. Apenas 24,4% das crianças tiveram uma alimentação diversificada. Não foi encontrada associação estaticamente significativa entre segregação socioeconômica residencial e qualidade da dieta no modelo ajustado para renda da família, idade em meses da criança e escolaridade materna [média segregação: OR= 0,5; IC95%= -0,3; 1,5/ alta segregação: OR= 0,7; IC95%= -0,1; 1,6]. CONCLUSÕES: Mais da metade da amostra estudada vivia em vizinhanças classificadas com alta segregação, entretanto não foi encontrado diferença estatisticamente significativa entre segregação socioeconômica residencial e a diversidade alimentar utilizando o modelo logístico.
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