37995 - EXPOSIÇÃO AOS AGROTÓXICOS E A OCORRÊNCIA DE DESFECHOS PERINATAIS NO RIO GRANDE DO SUL
NATHALIA ZORZO COSTA - UFRGS, DEISE LISBOA RIQUINHO - UFRGS
Objetivo: Analisar a associação da exposição aos agrotóxicos mais comercializados no Rio Grande do Sul (RS) e a ocorrência baixo peso ao nascer, prematuridade e anomalia congênita em nascidos vivos (NV).
Método: Estudo ecológico analítico. Foram avaliadas as informações de 134.324 NV do ano de 2019. As informações dos NV foram agrupadas nas 30 Regiões de Saúde (ReS) do Estado.
A exposição ambiental foi calculada através do indicador composto por agrotóxico comercializado no ano/ área plantada, destinada à colheita do ano de 2018 e 2019, por (ReS). Para a exposição ambiental foram escolhidos os agrotóxicos comercializados no RS: herbicida, inseticida, herbicida, bactericida, Glifosato, 2,4D, Atrazina, Paraquate. A associação entre o uso de agrotóxicos e os desfechos foi avaliada pelo coeficiente de correlação de Spearman (r). Foi considerado um nível de significância de 5% (p<0,05).
Resultados: Observou-se correlações positivas e estatisticamente significativas em 13 Regiões de Saúde analisadas. Destaca-se a ReS da Fronteira Oeste que apresentou correlações fortes entre o uso de: Inseticida em 2019 (r=0,855, p=0,01), fungicida 2019 (r=0,700, p=0,01), 2,4D 2018(r=0,691, p=0,02) Atrazina 2018 (r=0,845, p<0,01) e 2019 (r=0,773, p<0,01) e baixo peso ao nascer. Uso de bactericida em 2018 (r=0,609, p=0,04) e prematuridade; Inseticida 2019 (r=0,752, p=<0,001), fungicida 2019(r=0,706*, p=0,01), 2,4D 2019 (r=0,716, p=0,01), Atrazina 2018(r=0,826, p<0,01) e 2019 (r=0,872, p<0,01) e anomalia congênita.
Conclusão: O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos no mundo. A exposição a estes insumos pode estar associada ao baixo peso ao nascer, prematuridade e anomalia congênita em recém-nascidos de mães expostas durante o período pré-concepcional e gestacional.
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