22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE07 - Epidemiologia da saúde do adolescente (TODOS OS DIAS) |
35855 - CONSUMO DE ULTRAPROCESSADOS E PERPETRAÇÃO DE BULLYING EM ADOLESCENTES DE SÃO PAULO, BRASIL LETÍCIA MARTINS OKADA - UFU, EMANUELE SOUZA MARQUES - UERJ, RENATA BERTAZZI LEVY - USP, MARIA FERNANDA TOURINHO PERES - USP, CATARINA MACHADO AZEREDO - UFU
Objetivo: Avaliar a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a perpetração de bullying em adolescentes.
Métodos: Estudo transversal utilizando dados do Projeto São Paulo para o desenvolvimento social de crianças e adolescentes (SP-PROSO, 2017), com 2.256 alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas do município de São Paulo, Brasil. A exposição foi o consumo regular (≥5 vezes/semana) de alimentos ultraprocessados (salgados fritos, embutidos, biscoitos doces ou salgados, salgadinhos de pacote, guloseimas e bebidas açucaradas) e o desfecho foi a perpetração de pelo menos um tipo de bullying (exclusão social, verbal/psicológico, físico, destruição de propriedade ou assédio sexual), uma ou mais vezes por mês no ano anterior à pesquisa. Os modelos de regressão logística foram ajustados por sexo, idade, raça/cor, escolaridade materna, nível de atividade física, tempo de exposição à tela e IMC. Para as análises, foi utilizado o software Stata 13.1.
Resultados: Da amostra, 51,6% eram meninos, com idade média de 14,8 anos. A maior prevalência de consumo de ultraprocessados foi de bebidas açucaradas (46,2%), biscoitos doces ou salgados (40,9%) e guloseimas (37,9%), e 14,6% dos adolescentes relatou ter perpetrado pelo menos um tipo de bullying. Adolescentes que consumiram regularmente salgados fritos (OR=1,31 IC95%: 1,02-1,68), biscoitos doces ou salgados (OR=1,42 IC95%: 1,10-1,85), salgadinhos de pacote (OR=1,47 IC95%: 1,14-1,90) e guloseimas (OR=1,60 IC95%: 1,22-2,10) apresentaram maior chance de perpetrar pelo menos um tipo de bullying.
Conclusão: O consumo de alimentos ultraprocessados foi associado a perpetração de bullying em adolescentes.
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