37026 - COMPORTAMENTO SEXUAL DE ADOLESCENTES E INFLUÊNCIA DA SUPERVISÃO DOS PAIS GLEICE BARBOSA REIS - UFMG, MARCO AURÉLIO DE SOUSA - UFMG, MARIANA SANTOS FELISBINO-MENDES - UFMG
Objetivo: Estimar a prevalência de comportamentos sexuais de risco em adolescentes em relação à supervisão recebida dos pais.
Métodos: Estudo transversal que analisou dados de 102.072 adolescentes brasileiros que autorresponderam à Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) de 2015. Estimou-se a prevalência dos comportamentos sexuais de risco com seus respectivos intervalos de 95% de confiança considerando cinco indicadores de supervisão dos pais (iniciação sexual, uso do preservativo na última relação sexual e uso de contraceptivos, além da média de idade na primeira relação sexual e número de parceiros) individualmente, e sua simultaneidade, por sexo.
Resultados: Foram identificadas as seguintes prevalências em relação aos comportamentos sexuais de risco para adolescentes com mínima e máxima supervisão parental: iniciação sexual (min.: 58,0%, IC95% 52,4-63,5; máx.: 20,1%, IC95% 18,9-28,2), uso do preservativo na última relação sexual (mín.: 50,9%, IC95% 43,2-58,5; máx.: 80,2%, IC95% 77,6-82,6), uso de contraceptivos (min.: 40,8%, IC95% 33,4-48,5; máx.: 49,1%, IC95% 45,9-52,3), média de idade na primeira relação sexual (mín.: 13,23, IC95% 12,99-13,47; máx.: 13,24, IC95% 13,14-13,34) e número de parceiros (mín.: 3,25, IC95% 2,93-3,25; máx.: 2,88, IC95% 2,76-3,00). Observou-se ainda que quanto maior a simultaneidade dos indicadores de supervisão parental houve maiores prevalências do uso consistente de preservativos na primeira e última relação sexual, utilização de métodos contraceptivos e menor média do número de parceiros dos adolescentes.
Conclusão: Os resultados obtidos apontam o papel fundamental da família em proporcionar aos adolescentes condições estimuladoras ao comportamento sexual saudável e livre de riscos, por meio da supervisão.
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