22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE08 - Epidemiologia da saúde do adulto (TODOS OS DIAS) |
32797 - DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES EM GESTANTES BRASILEIRAS: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE LÍVIA GUIMARÃES ZINA - UFMG, FABIANE GOULART DOS SANTOS SILVA - UFMG, JULIA DOS SANTOS TAVARES CAMPOS - UFMG, LORRANY GABRIELA RODRIGUES - UFMG, THALES BRENDON CAETANO SILVA - DGITIS/SCTIE/MINISTÉRIO DA SAÚDE, LUANA CAROLINE DOS SANTOS - UFMG, MARA VASCONCELOS - UFMG, JANICE SIMPSON DE PAULA - UFMG
Objetivo: avaliar a prevalência/incidência da deficiência de micronutrientes em gestantes brasileiras. Métodos: revisão sistemática com metanálise de estudos de prevalência e incidência sobre deficiência de vitaminas A, complexo B, C, D, E, cálcio, ferro, zinco, magnésio e selênio em gestantes brasileiras. Foram consultadas 10 bases de dados, incluindo-se estudos epidemiológicos observacionais publicados a partir de 2000 com amostras representativas. Três duplas de revisores classificaram por títulos/resumos e, em seguida, por textos completos. Foram extraídos dados sobre características dos grupos avaliados, medidas de desfecho, e avaliado o risco de viés através do AXIS e escala de Newcastle – Ottawa. Foi realizada metanálise com modelo de efeito aleatório. Resultados: das 893 referências identificadas, 32 foram consideradas elegíveis para essa revisão sistemática. Foi encontrado risco de viés na área-chave relacionada à população de estudo (população-alvo, amostragem, seleção, não-respondentes). Nenhum estudo apresentou dado sobre incidência. Foi encontrada uma prevalência combinada de deficiência de micronutrientes em gestantes brasileiras de 32,8% [0,3280 (IC 95% 0,2382-0,4324)]. A distribuição preditiva de 95% de confiança foi de 0,0135-0,9458. A heterogeneidade foi alta tanto para a estimativa combinada (I2=100%, τ2=3,2788, p=0,000), quanto para cada subgrupo de micronutriente, variando entre 82% a 100%. Não foi encontrado um padrão para distribuição geográfica da deficiência dos micronutrientes. Conclusão: há deficiência de vitamina A, complexo B, C, D, E, cálcio, ferro, zinco e selênio, variando entre 12% a 92% das gestantes brasileiras. As taxas de anemia justificam a suplementação com ferro como política pública no Sistema de Saúde.
|