22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE08 - Epidemiologia da saúde do adulto (TODOS OS DIAS) |
37441 - USO E CONTRAINDICAÇÕES DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR GESTANTES FABIANE CHEROBIN - UFPR, MARILENE DA CRUZ MAGALHÃES BUFFON - UFPR, DENISE SIQUEIRA DE CARVALHO - UFPR
Objetivo: identificar as plantas medicinais e suas contraindicações, utilizadas por gestantes que realizaram pré-natal em um município da região sul do Brasil. Método: estudo transversal, exploratório e descritivo. Foram entrevistadas 179 puérperas em uma maternidade pública, no período de maio a julho de 2019. Para análise dos dados foi utilizado o software Excel. Resultados: A faixa etária predominante das puérperas que fizeram uso de plantas medicinais na gestação (34,2%), está compreendida entre 18 a 24 anos, utilizaram chás (62%) e com fim terapêutico (34,25%). As plantas mais citadas foram camomila (Chamomilla recutita L.) (34,60%), erva cidreira/melissa/capim limão (Melissa officinalis) (21,8%), erva mate (Ilex paraguariensis A.) (20,70%), erva doce (Pimpinella anisum L) (16,70%) e hortelã (Mentha arvensis L.) (16,20%). A camomila possui ação emenagoga e abortiva. É contraindicada no terceiro trimestre de gestação, pois tem ação anti-inflamatória, inibindo a produção de prostaglandinas produzidas pela placenta e como consequência o fechamento do ducto arterioso, levando o feto à morte. A erva cidreira/melissa/capim limão e hortelã apresentam efeitos teratogênicos, embriotóxicos e abortivos. A cafeína, presente na erva mate, tem efeito constritor, causando hipóxia e diminuição dos nutrientes que chegam ao feto, comprometendo seu desenvolvimento embrionário. A erva doce é contraindicada no primeiro trimestre de gestação, pois é abortiva. Conclusões: O estudo evidenciou que os chás foram utilizados por uma porcentagem significativa das gestantes. De acordo com a literatura, as plantas medicinais citadas apresentam diversas contraindicações e possuem ação farmacológica no binômio mãe-feto, podendo causar inúmeros problemas na gestação.
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