22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE09 - Epidemiologia da saúde do idoso (TODOS OS DIAS) |
33137 - DIFERENCIAIS DE GÊNERO DA EXPECTATIVA DE VIDA SAUDÁVEL EM IDOSOS BRASILEIROS WANDERSON COSTA BOMFIM - FIOCRUZ-IRR E UFMG, MIRELA CASTRO SANTOS CAMARGOS - UFMG
Objetivo: Estimar a expectativa de vida com e livre de incapacidade funcional, para homens e mulheres aos 60 e 80 anos, para o Brasil. Métodos: Utilizou-se como base de dados o do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), de 2015, além das tábuas de mortalidade desagregada por sexo para o mesmo anos. Utilizou-se como proxy de saúde a incapacidade funcional mensurara pelas atividades básicas de vida diária (ABVD). O método empregado foi o de Sullivan. Resultados: Em 2015 os homens esperavam viver 20,2 anos de expectativa de vida restante aos 60 anos, dos quais 5,1 anos (IC95%; 4,5-6,0) com incapacidade funcional, ou seja, 25,4% do tempo de vida restante. Já as mulheres da mesma idade esperavam viver mais 23,8 anos, sendo 7,8 anos (IC95%; 7,1-8,7), cerca de 33% com incapacidade funcional. Já aos 80 anos, os homens esperavam viver, em média, mais 8,4 anos, sendo 66,6% (5,6 anos, IC95% 5,4-5,9) sem saúde, ou seja, com incapacidade funcional. Já as mulheres de mesma idade esperavam viver mais 10,1 anos, sendo 72,9% desse tempo restante (7,3 anos, IC95% 7,1-7,6) com incapacidade funcional. Conclusões: Os resultados apontaram para uma desvantagem feminina em termos de condições de saúde, haja vista que elas passam mais tempo de suas vidas, em anos e proporcionalmente, com incapacidade funcional. As estimativas de expectativa de vida com e sem incapacidade funcional fornecem subsídios para a demanda por cuidado e intervenções de saúde na população idosa, bem como auxiliar em uma distribuição de recursos em saúde mais equitativa.
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