22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE09 - Epidemiologia da saúde do idoso (TODOS OS DIAS) |
35440 - CONDIÇÕES SOCIAIS INDIVIDUAIS E TERRITÓRIO DE MORADIA ASSOCIADOS À SOLIDÃO EM IDOSOS
TAYNARA CRISTINA SILVA RIBEIRO - PUC-CAMPINAS, MARILISA BERTI DE AZEVEDO BARROS - UNICAMP, MARGARETH GUIMARÃES LIMA - UNICAMP
Objetivos: Avaliar a associação entre solidão em idosos, variáveis socioeconômicas e demográficas, e vulnerabilidade do território de moradia, medida através do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social.
Métodos: Foram analisados dados do Inquérito de Saúde da cidade de Campinas (ISACamp 2014/2015), um estudo transversal de base populacional, n=972 indivíduos, com 60 anos ou mais. Foram estimadas as prevalências de solidão segundo as variáveis independentes e testadas associações por meio de teste de qui-quadrado, com significância de 5%. As razões de prevalências ajustadas foram calculadas por regressão de Poisson.
Resultados: A solidão esteve associada com sexo feminino (38% maior em mulheres que em homens), cor da pele preta/parda (RP=1,60), não casados (RP=2,05 para separados, desquitados ou que nunca se casaram e RP=2,09 para viúvos), baixa escolaridade (RP=2,36), viver só (RP=2,73) e viver em áreas de alta vulnerabilidade (RP=4,05).
Conclusões: Este estudo demonstrou a associação da solidão com variáveis que indicam vulnerabilidade social. A solidão está associada a maior risco cardiovascular, depressão, demência, além de se associar a mortalidade precoce de modo comparável a fatores de risco como tabagismo, sedentarismo, fragilidade e obesidade. Assim como os agravos de importância abordados em geriatria, tais como imobilidade, fragilidade, risco de queda, tabagismo e uso de álcool, a solidão deve ser incluída no rol de abordagem preventiva em atenção primária. Melhores condições de saúde pública são indissociáveis de mudanças na estrutura social e melhora nas condições de vida da população.
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