22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE09 - Epidemiologia da saúde do idoso (TODOS OS DIAS) |
35645 - ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL DA FRAGILIDADE EM IDOSOS BRASILEIROS: RESULTADOS DA REDE FIBRA CLAUDIA VENTURINI - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG), BRUNO DE SOUZA MOREIRA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG), LYGIA PACCINI LUSTOSA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG), EDUARDO FERRIOLLI - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), ANITA LIBERALESSO NERI - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP), ROBERTO ALVES LOURENÇO - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ), ROSANA FERREIRA SAMPAIO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)
Objetivos: Criar um modelo multidimensional para avaliar a síndrome da fragilidade em idosos brasileiros e comparar as dimensões do modelo criado entre as categorias do fenótipo de fragilidade física. Métodos: Estudo transversal conduzido com dados de 3.569 participantes (73,7±6,6 anos) oriundos do Estudo da Fragilidade em Idosos Brasileiros (FIBRA). Foi desenvolvido um modelo multidimensional com três dimensões: física, social e psicológica. A fragilidade física foi avaliada pelo fenótipo proposto por Fried et al. composto por cinco critérios: perda de peso não intencional, exaustão autorrelatada, fraqueza muscular, lentidão da marcha e baixo nível de atividade física. O modelo multidimensional foi analisado usando análise fatorial. Análise de variância foi utilizada para comparar o escore das dimensões entre as categorias do fenótipo de fragilidade (não frágil, pré-frágil e frágil). Resultados: Análise fatorial confirmou um modelo com três fatores, composto por 12 variáveis, que explicou 38,6% da variabilidade dos dados. O modelo final foi composto pelas seguintes variáveis: dimensão física (incontinência urinária, incontinência fecal, distúrbio do sono e viver sozinho), dimensão social (não ter alguém para ajudar quando necessário, não visitar outras pessoas e não receber visitas) e dimensão psicológica (autoavaliação de saúde ruim, sintomas depressivos, medo de cair, sentimento de tristeza e problemas de memória). Foi observada diferença estatisticamente significativa no escore médio das três dimensões entre as categorias do fenótipo de fragilidade (p<0,001). Conclusões: Nossos resultados confirmam a adequação do modelo tridimensional proposto e sugerem a necessidade de uma abordagem multidimensional para propiciar cuidado apropriado para idosos em diferentes níveis de fragilidade.
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