22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE09 - Epidemiologia da saúde do idoso (TODOS OS DIAS) |
36021 - TRABALHO ANTES DA PANDEMIA E TER SAÍDO PARA TRABALHAR NESTE PERÍODO: ELSI-COVID-19
CAMILA MENEZES SABINO DE CASTRO - FIOCRUZ-MINAS, CAMILA TEIXEIRA VAZ - UFMG, BRUNO DE SOUZA MOREIRA - UFMG, JULIANA VAZ DE MELO MAMBRINI - FIOCRUZ-MINAS, JULIANA LUSTOSA TORRES - UFMG, LUCIANA DE SOUZA BRAGA - UFMG, FABÍOLA BOF DE ANDRADE - FIOCRUZ-MINAS, MARIA FERNANDA LIMA-COSTA - FIOCRUZ-MINAS
Objetivo: Examinar a prevalência e fatores associados a ter saído para trabalhar durante a epidemia da COVID-19, entre adultos com 50 anos ou mais que exerciam trabalho remunerado antes do seu início. Métodos: Foram utilizados dados da segunda onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) conduzida por meio de entrevista face a face, entre agosto de 2019 e março de 2020, e dados obtidos por meio de entrevistas telefônicas (iniciativa ELSI-COVID-19) conduzidas entre 26 de maio e 8 de junho de 2020 (N= 1.431). As análises foram baseadas nas odds ratios (OR) estimadas pela regressão logística. Resultados: A média de idade dos participantes foi 59,9 anos (DP = 6,5). A prevalência de ter saído para trabalhar nos sete dias anteriores foi de 38,4% (IC95%: 31,3-46,1), 50,2% entre os homens e 25,1% entre as mulheres. Entre os homens, a chance de ter saído para trabalhar foi menor entre aqueles de 60 a 69 anos em comparação com aqueles de 50 a 59 anos (OR = 0,27; IC95%: 0,15-0,48). Entre as mulheres, a probabilidade de ter saído para trabalhar foi menor entre aquelas que trabalhavam por conta própria (OR = 0,28; IC95%: 0,12-0,64) ou tinham vínculo informal de trabalho antes da epidemia (OR = 0,25; IC95%: 0,09-0,69), em comparação àquelas com vínculo formal de trabalho. Conclusão: Os resultados chamam a atenção para a importância da continuidade de políticas públicas que garantam proteção social adequada para os trabalhadores informais e por conta própria, principalmente as mulheres.
|
