22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE09 - Epidemiologia da saúde do idoso (TODOS OS DIAS) |
36483 - INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE COVID19 NUMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS NA BAHIA RITA DE CÁSSIA OLIVEIRA DE CARVALHO SAUER - NÚCLEO REGIONAL DE SAÚDE LESTE, ALINE SOUZA DE OLIVEIRA BRITO - NÚCLEO REGIONAL DE SAÚDE LESTE, ADRIANA SILVA SANTOS - NÚCLEO REGIONAL DE SAÚDE LESTE
Objetivo: Relatar uma investigação de surto de COVID19 em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) na Bahia.
Métodos: Os dados foram coletados em investigação de campo, tendo como fontes prontuários médicos, laudos laboratoriais e entrevistas com os responsáveis legais da instituição, cuidadores, médicos e enfermeiros. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas, taxas e medidas de centralidade das variáveis sociodemográficas e de saúde dos indivíduos envolvidos neste surto.
Resultados: Oito dias após todos os idosos e trabalhadores da ILPI receberem a 1ª dose da vacinação contra COVID19, um desses trabalhadores (provável caso índice), então assintomático, informou ser contato domiciliar de caso recém-confirmado de COVID19, sendo imediatamente afastado do trabalho. Três dias depois, 22 idosos e trabalhadores desta ILPI manifestaram sintomas como febre, diarreia, dispneia, cefaleia. Foram iniciadas medidas de contingenciamento de surto, tais como testagem, isolamento, internação hospitalar precoce dos sintomáticos, e monitoramento por equipe de enfermagem, 24h/dia, dos assintomáticos. Apesar das ações de controle, dentre um total de 81 expostos, houve 42 casos confirmados (taxa de ataque 51,9%), 20 hospitalizações, e sete óbitos (letalidade 16,7%). Mediana do período de incubação 6 dias. Foi identificada a linhagem do SARS-CoV-2 B.1.1.28.
Conclusão: Este surto iniciou cerca de 11 dias pós primeira dose da vacinação dos indivíduos, ou seja, antes do esquema vacinal estar completo, e causou consequências devastadoras, como altas taxas de hospitalização e letalidade. Idosos são muito vulneráveis às complicações da COVID19, por este motivo, recomenda-se reforço dos protocolos de precaução, prevenção e da vigilância de casos suspeitos, nas ILPI.
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