22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE10 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Câncer (TODOS OS DIAS) |
33282 - QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE EM PACIENTES COM MIELOMA MÚLTIPLO
JÉSSICA SOARES MALTA - UFMG, PAULA LANA DE MIRANDA DRUMMOND - FUNED/UFMG, LÍVIA PENA SILVEIRA - HC/UFMG, NAIANE LIMA COSTA - UFMG, ROBERTA MÁRCIA MARQUES DOS SANTOS - FUNED/UFMG, ADRIANO MAX MOREIRA REIS - UFMG, CRISTIANE APARECIDA MENEZES DE PÁDUA - UFMG
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de pacientes com mieloma múltiplo (MM) em uso de talidomida (Thal) em comparação com outros esquemas terapêuticos (ET). Métodos: Estudo transversal com 182 pacientes (≥ 18 anos) atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela rede privada de 04/2019 a 11/2019, em Belo Horizonte. Mensurou-se a QVRS pelo instrumento QLQ-MY20. O escore varia de 0 a 100 pontos. Altos valores representam muita sintomatologia no domínio de sintomas. Nas escalas funcionais, os escores elevados representam alta funcionalidade. Variáveis sociodemográficas e clínicas foram coletadas em entrevistas e revisão de prontuários médicos. Os ET avaliados foram divididos em 2 grupos – Thal e outros. Estimou-se medidas de tendência central, frequências absolutas e relativas e utilizou-se o Teste-t de Student para as variáveis contínuas, assumindo 5% de significância. Parecer ético: 05400818.3.0000.5149. Resultados: Os ET combinavam Thal, bortezomibe, ciclofosfamida e dexametasona; 41% dos pacientes estavam sem tratamento no período. Dentre aqueles que utilizavam Thal, 65% era do SUS. Observou-se a média dos escores de QVRS para pacientes com Thal (31%) vs. outros (28%) – sintomas da doença: 15,3 (SD=26,4) vs. 15,6 (SD=19,9); efeitos colaterais: 20,9 (SD=17,3) vs. 21,6 (SD=18,7), imagem corporal: 36,9 (SD=42,9) vs. 32 (SD=40,5) e perspectiva futura: 55,4 (SD=29,2) vs. 53,8 (SD=29,5) (valor-p >0.05). Conclusão: Os esquemas sem Thal não demonstraram superioridade sobre tratamentos contendo Thal na promoção da QVRS em pacientes com MM. Esta é uma questão positiva para o contexto brasileiro, pois a talidomida é produzida e disponibilizada exclusivamente pelo SUS.
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