22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE10 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Câncer (TODOS OS DIAS) |
35940 - CÂNCER EM IDOSOS NO BRASIL: DADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2019 PRISCILA MARIA STOLSES BERGAMO FRANCISCO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP), ALDIANE GOMES DE MACEDO BACURAU - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP), DIEGO VICTOR NUNES RODRIGUES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP), BRENO BINOTTI DE SOUZA CAMARGO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP), JANE KELLY OLIVEIRA FRIESTINO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS)
Objetivo: estimar a prevalência de diagnóstico médico de câncer em idosos, segundo sexo e faixas etárias; descrever os principais tipos e o percentual de idosos com limitações em atividades habituais. Métodos: estudo transversal de base populacional com dados de idoso (≥60 anos; n=22.728) que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019). Estimaram-se as prevalências e os respectivos intervalos de confiança de 95% e a comparação entre proporções foi realizada pelo teste de Rao-Scott, com nível de significância de 5%. Resultados: A média de idade foi de 70,1 anos e 56,7% eram mulheres. O diagnóstico de câncer foi referido por 6,9% (IC95%:6,4-7,5) dos idosos, sem diferença entre os sexos (7,3% em homens e 6,6% em mulheres; p=0,158). Para idosos com idades de 60-69, 70-79 e ≥ 80 anos, as prevalências foram de 5,5%, 8,5% e 8,9%, respectivamente (p<0,001). Para o conjunto dos idosos, a prevalência de câncer de intestino/colorretal foi 7,3% (IC95%:5,7–9,3) e de boca/orofaringe/laringe foi de 5,1% (IC95%:3,5–7,5). Nas mulheres, 21,6% (IC95%:18,6–24,9) e 7,1% (IC95%:5,5–9,1) referiram diagnóstico médico de câncer de mama e colo de útero, respectivamente. Nos homens, a prevalência de câncer de próstata foi de 22,1% (IC95%:19,5–25,1). Cerca de 27% (IC95%:23,9–30,3) dos idosos relatou alguma limitação decorrente do tratamento ou algum problema relacionado ao câncer para a realização de atividades habituais. Conclusões: No Brasil, com o aumento da população idosa, também se observa maior ocorrência de câncer. Destaca-se a importância da avaliação geriátrica abrangente para diagnóstico precoce dos casos.
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