22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE10 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Câncer (TODOS OS DIAS) |
35974 - CAPACIDADE DE SEGUIMENTO DE MULHERES RASTREADAS PARA CÂNCER DO COLO DO ÚTERO EM SÃO PAULO CAROLINE MADALENA RIBEIRO - INCA, ISABEL DOS SANTOS SILVA - LONDON SCHOOL OF HYGIENE AND TROPICAL MEDICINE, JOSÉ ELUF NETO - USP, LISE CRISTINA PEREIRA BALTAR CURY - FOSP, GULNAR AZEVEDO E SILVA - UERJ
Objetivos: Analisar a capacidade do sistema de saúde de seguir mulheres rastreadas para câncer do colo do útero por meio de estimativas de tempo entre a identificação de alterações no rastreamento e a investigação diagnóstica, e entre o diagnóstico confirmado e o primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Estudo de coorte utilizando dados das residentes de São Paulo registrados nos sistemas de informações do SUS entre 2010 e 2013. Selecionou-se mulheres com resultados de citologia de lesão de alto grau ou mais grave em 2010. Realizou-se relacionamento probabilístico para identificação de registros de investigação diagnóstica, tratamento e óbito. Os tempos medianos entre o rastreamento e a investigação diagnóstica e entre o diagnóstico e o tratamento foram calculados pelo método Kaplan-Meier. Modelos de sobrevida foram utilizados para avaliar fatores associados aos tempos de investigação diagnóstica e tratamento. Resultados: 4.300 mulheres tiveram exames resultados de lesão de alto grau ou mais grave, destas 2.788 (64,8%) tiveram registro de investigação diagnóstica localizado e 1.763 (41%) diagnóstico confirmado de lesão precursora ou câncer, e destas, 1.247 (70,7%) tiveram tratamento registrado. A probabilidade de realizar investigação diagnóstica em até 30 dias e tratamento em até 60 dias foram respectivamente 7% e 44%. Os tempos medianos para a investigação diagnóstica e tratamento foram 190 e 81 dias respectivamente. Conclusão: Estratégias para qualificar as ações de rastreamento, especialmente no acesso à investigação diagnóstica, que apresentou tempos mais longos, devem ser implementadas para obter impacto nas taxas de incidência e mortalidade pela doença.
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