22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE10 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Câncer (TODOS OS DIAS) |
36096 - RADÔNIO E A ALTA INCIDÊNCIA DE NEOPLASIAS NA CIDADE DE LUCRÉCIA/RN. PEDRO MATOS DA CÂMARA - UFRN, EMERSON KENNEDY RIBEIRO DE ANDRADE FILHO - UFRN, ZAYAN VILELA CID TAVARES DE OLIVEIRA - UFRN, VIVIANE SOUZA DO AMARAL - UFRN
OBJETIVOS: Evidenciar a alta incidência de neoplasias em Lucrécia/RN e sua possível relação com altas concentrações do isótopo radioativo de Radônio (222Rn) no ar e na água da região. MÉTODOS: Estabeleceu-se uma relação entre o número de internações (2008-2021) por câncer nas cidades de Lucrécia e Natal e as respectivas concentrações de 222Rn no ar e água (dados coletados entre 2007 e 2009). Dados sobre o número de internações foram obtidos através da base de dados de Informações de Saúde (TABNET) do DATASUS, e informações a respeito das concentrações do isótopo radioativo através de revisão bibliográfica. RESULTADOS: A concentração de 222Rn no interior das casas de Lucrécia apresenta uma média de 260,6 Bq/m3, com valores máximos de 2098,7 Bq/m3, enquanto em Natal a média é de 55,4 Bq/m3. 97% das casas de Lucrécia apresentam concentrações do isótopo radioativo acima de 100 Bq/m3, valor tomado como normal. A radioatividade na água é medida através da aferição do conteúdo de radiação alfa e beta. No período analisado, as concentrações de radiação alfa em Lucrécia superaram os valores normais durante todo o período e em Natal permaneceram na margem de normalidade. Em relação às taxas de incidência, o Brasil apresenta uma média de 46,0 internações por câncer para cada 1.000 habitantes, enquanto o número em Lucrécia atinge 77,4 internações, tendo os mesmos parâmetros. CONCLUSÕES: Possivelmente, as concentrações elevadas do isótopo radioativo 222Rn no ar e água da cidade de Lucrécia se configuram como fatores de risco relevantes para o desenvolvimento de neoplasias.
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