22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE10 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Câncer (TODOS OS DIAS) |
36305 - DISPARIDADES RACIAIS E SOCIOECONÔMICAS NA SOBREVIDA DE CÂNCER DE MAMA NO BRASIL NELSON LUIZ RENNA JUNIOR - IMS-UERJ, GULNAR DE AZEVEDO E SILVA - IMS-UERJ
Objetivos:
Estudar o impacto do status socioeconômico (SES) e características etnorraciais na sobrevida de mulheres com câncer de mama em duas capitais brasileiras.
Métodos:
Análise de sobrevida utilizando dados de registros de câncer de base populacional incluindo mulheres com câncer de mama entre 1996 e 2012 em Aracaju e Curitiba. Foram considerados desfechos excesso de hazard de mortalidade (EHM) e sobrevida líquida de 5 e 8 anos. A associação de raça/ cor da pele e SES com EHM e sobrevida líquida foram analisados utilizando modelo multinível de regressão por splines.
Resultados
Foram incluídas 2.045 mulheres em Aracaju e 7.872 em Curitiba. O EHM foi maior para mulheres com menor status socioeconômico e para negras e pardas em ambos os municípios. A maior diferença de EHM entre extremos de SES foi observada em Curitiba, razão de hazards (RH) 1,93 (IC95% 1,63-2,28). Para raça/cor da pele, a maior diferença de EHM foi em Curitiba, RH 1,35 (IC95% 1,09-1,66) para mulheres negras em comparação com as brancas. As maiores diferenças de sobrevida líquida (SL) entre os extremos de SES foram em Aracaju, a SL aos 5 anos foi de 55,7% para o menor SES e 67,2% para o maior nível SES. A SL em Curitiba foi maior do que em Aracaju para todos os níveis de SES.
Conclusão
Nossos achados mostram contrastes na sobrevida de câncer de mama em Aracaju e Curitiba, num contexto de menor sobrevida para mulheres pardas e negras e pertencentes a grupos de menor SES em ambos os municípios.
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