36312 - MORTALIDADE RELACIONADA AO CÂNCER GÁSTRICO NO BRASIL: TENDÊNCIAS TEMPORAIS E ESPACIAIS FÁBIO MIYAJIMA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL; FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, CAMPUS DO CEARÁ (FIOCRUZ-CE), EUSÉBIO, BRASIL, ALBERTO NOVAES RAMOS JR. - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL; DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL, DULCIENE MARIA MAGALHÃES QUEIROZ - LABORATÓRIO DE PESQUISA EM BACTERIOLOGIA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, BRASIL, JORG HEUKELBACH - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL, DANIEL BARROS DE CASTRO - FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (FVS), AMAZONAS, MANAUS, BRASIL, TIAGO GOMES DA SILVA BENIGNO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICO-CIRÚRGICAS, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL, FERNANDO ANTÔNIO SIQUEIRA PINHEIRO - DEPARTAMENTO DE CIRURGIA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL, ANDERSON FUENTES FERREIRA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL, LUCIA LIBANEZ BESSA CAMPELO BRAGA - DEPARTAMENTO DE MEDICINA INTERNA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICO-CIRÚRGICAS, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, BRASIL
Objetivo: Analisar padrões temporais e espaço-temporais da mortalidade relacionada ao câncer gástrico (CG) no Brasil, 2000-2019. Método: Estudo ecológico misto de base populacional nacional a partir de declarações de óbito com CG registrado como causa de morte (básica ou associada). Tendências temporais analisadas por modelos de regressão por pontos de inflexão (Joinpoint). Estatísticas espaciais e espaço-temporais (método de Kulldorff) visaram identificar clusters de alto risco, tendo município de residência como unidade de análise. Resultados: Foram registrados 276.897/22.663.092 (1,22%) óbitos, tendo CG registrado como causa de morte. Taxas de mortalidade relacionadas a CG mostraram aumento significativo ao longo do tempo (variação percentual anual [VPA]: 0,7%; intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,5;0,8). Aumento acentuado da mortalidade foi observado nas regiões Norte (VPA: 3,1, IC95% 2,7;3,5) e Nordeste (VPA: 3,1, IC95% 2,5;3,7). Nos primeiros anos havia 8 clusters espaço-temporais de alto risco para mortalidade relacionada à CG nas regiões Norte, Sul, Nordeste e Centro-Oeste. Identificou-se clusters abrangendo ampla faixa geográfica nas regiões Sul-Sudeste do Brasil. Clusters adicionais foram identificados na região Nordeste em anos mais recentes. Conclusão: O aumento da mortalidade em todo o país nesta análise de 20 anos reforça o CG como problema de saúde pública. O aumento da mortalidade em regiões socioeconomicamente desfavorecidas do país indica um processo de transição epidemiológica. A identificação de áreas de alto risco para mortalidade relacionada a CG reforça a importância de qualificar ações de vigilância e controle.
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