22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE10 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Câncer (TODOS OS DIAS) |
38071 - ESTIMATIVA DO SOBREDIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE TIREOIDE NO BRASIL: UMA NOVA EPIDEMIA?
ADALBERTO LUIZ MIRANDA FILHO - IARC, ARN MIGOWSKI - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA), JOANNIE TIEULENT - IARC, HADRIEN CHARVAT - IARC, MARIANNA DE CAMARGO CANCELA - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA), SALVATORE VACCARELLA - IARC
Objetivo: Estimar o sobrediagnóstico do câncer de tireoide no Brasil. Métodos: Com base em dados de incidência de 13 Registros de Câncer Populacional (RCBP) das 5 regiões do país e dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, foram produzidas séries temporais de taxas padronizadas de incidência e mortalidade por câncer de tireoide, por sexo e RCBP, no período de 2000 – 2015 para indivíduos com idades entre de 20 e 79 anos. Foram também estimados os percentuais de sobrediagnóstico por RCBP com base na comparação entre taxas de incidência esperadas e observadas por idade. Resultados: As maiores taxas padronizadas de incidência foram encontradas em Florianópolis, tanto em homens quanto em mulheres (respectivamente 22,38 e 98,54 por 100 mil). A incidência foi maior em mulheres em todos os RCBP, sendo a maior razão encontrada em Fortaleza (5,72). As séries temporais revelaram aumento de incidência em Aracajú, Barretos, Goiânia, Fortaleza, Recife e São Paulo em ambos os sexos, sem respectivos aumentos na mortalidade. O percentual de sobrediagnóstico estimado em mulheres foi de 71,7% em Florianópolis, 70,3% em São Paulo, 63,1% em Aracajú, 43,6% em Barretos, 29,4% em Fortaleza e 11,1% em Belém. Conclusões: Os resultados apontam para um expressivo sobrediagnóstico do câncer de tireoide no Brasil, o que deve estar relacionado à pratica de rastreamento desta neoplasia.
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