22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE11 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Diabetes (TODOS OS DIAS) |
36768 - CRIAÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM ESCORE DE RISCO PARA INCIDÊNCIA DE DIABETES TIPO 2 – ELSA-BRASIL
PAULA A. BRACCO - UFRGS, MARIA INÊS SCHMIDT - UFRGS, MARIA DE JESUS M. DE FONSECA - FIOCRUZ, MARIA DE FÁTIMA H.S. DINIZ - UFMG, JOSÉ G. MILL - UFES, PEDRO G. VIDIGAL - UFMG, BRUCE B. DUNCAN - UFRGS
Objetivo: Desenvolver um escore de risco para predição do diabetes incidente no contexto brasileiro e avaliar a melhora no escore pela adição de medidas laboratoriais.
Métodos: O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto é uma coorte com início em 2008-2010, 15,105 participantes, diversas aferições clínicas e laboratoriais e seguimento até 2018. Diabetes foi aferida por auto-relato de diagnóstico ou uso de medicamentos ou por alteração em ao menos um exame laboratorial (glicemia de jejum ou pós-carga ou HbA1c). Para a seleção das variáveis e criação do escore de risco, um modelo de regressão logística foi treinado em metade aleatória da amostra. A validação do escore aconteceu na outra metade pelos cálculos de sensibilidade e especificidade.
Resultados: As variáveis clínicas incluídas no escore foram sexo, idade, IMC, circunferência da cintura, hipertensão e histórico parental de diabetes, com AUC de 0.75 (0.73-0.78). A adição de glicose de jejum elevou a AUC para 0.83 (0.80-0.85). Aplicando o escore obtido na amostra de validação, e considerando como maior risco os 40% com maior escore, a sensibilidade foi de 72% (66%-77%) e especificidade de 62% (60%-63%); adicionando-se glicemia de jejum, a sensibilidade aumentou para 86% (82%-90%).
Conclusão: Fatores de fácil obtenção, agregados em escore, permitem identificar adultos brasileiros com maior risco de desenvolver diabetes. A adição da glicemia de jejum ao escore aumenta apreciavelmente sua capacidade preditiva.
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