22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE13 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Doenças cardiovasculares (TODOS OS DIAS) |
33102 - DESIGUALDADES REGIONAIS E POR SEXO NA MORTALIDADE POR INFARTO DO MIOCÁRDIO NO BRASIL LETÍCIA DE CASTRO MARTINS FERREIRA - UFJF, MÁRIO CÍRIO NOGUEIRA - UFJF, MARILIA SÁ CARVALHO - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - RJ, MARIA TERESA BUSTAMANTE TEIXEIRA - UFJF
Objetivo:
Pesquisar as desigualdades regionais e por sexo na tendência de mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil.
Metodologia:
Estudo de séries temporais de 1996-2016. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade e as estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os óbitos foram corrigidos por causas mal definidas, códigos-lixo e subregistro. As séries temporais das regiões Nordeste e Sudeste foram desagregadas por sexo, capitais e interior e analisadas utilizando a técnica de regressão linear segmentada por Jointpoint.
Resultados:
As tendências das taxas de mortalidade por IAM corrigidas são distintas para as regiões estudadas. Enquanto na região Sudeste houve declínio nas taxas tanto para homens quanto para mulheres residentes nas capitais e no interior, na região Nordeste houve declínio somente para os residentes nas capitais e taxas de mortalidade para homens residentes no interior aumentaram no período estudado (APC=1,3%; IC95%:1,0;1,6). Houve diferença percentual nas taxas de mortalidade padronizadas pela nova população mundial na Região Sudeste (-68,0%) e na região Nordeste (11,4). A região Nordeste em 1996 apresentava taxa menor que a região Sudeste e em 2016 passou a ser maior. As taxas de mortalidade após correções, principalmente pela redistribuição dos códigos-lixo, apresentaram expressiva diferença em relação às estimativas sem correções.
Conclusões:
Embora a mortalidade por IAM apresente redução no Brasil nos últimos anos, esta tendência é díspar segundo região e sexo e refletem profundas desigualdades sociais existentes. As correções dos números de óbitos são essenciais para estimativas mais fidedignas.
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