22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE13 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Doenças cardiovasculares (TODOS OS DIAS) |
33140 - ASSOCIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES
WANDERSON COSTA BOMFIM - FIOCRUZ-IRR E UFMG, JULIANA VAZ DE MELO MAMBRINI - FIOCRUZ-IRR, MIRELA CASTRO SANTOS CAMARGOS - UFMG
Objetivo:Analisar os efeitos das condições socioeconômicas e de saúde na infância e adolescência na probabilidade de doença cardiovascular (DCV), em indivíduos com 50 anos ou mais. Metodologia: Utilizou-se como fonte de dados o Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). A análise estatística foi feita por meio do modelo de regressão logístico binário. Resultados: O modelo 1, com apenas as variáveis socioeconômicas da infância e adolescência dos entrevistados, evidenciou que o individuo ter passado fome na infância gera maior probabilidade de DCV na vida adulta, com maior odds ratio em relação a quem não passou fome (OR 1,23; p=0,05). O modelo 2, com apenas as variáveis de saúde na infância e adolescência, evidenciou que aqueles com pior percepção do estado de saúde na infância, em relação aos com melhor, possuem maiores chances de ter DCV a partir dos 50 anos (OR 1,56; p=0,05). No modelo cheio, controlando por fatores de risco para o DCV, apenas as variáveis de saúde na infância e adolescência permaneceram com efeitos estatisticamente significativos, mesmo sendo realizados os controles pertinentes. Nesse modelo, as variáveis que representam os fatores de risco, como, hipertensão (OR 2,48; p=0,01); depressão (OR 2,10; p=0,01); diabetes (OR 1,52; p=0,01) e tabagismo (OR 1,30; p=0,05) se destacaram no que tange maiores probabilidade de DCV. Conclusão: É fundamental políticas de saúde que atuem durante todo o ciclo de vida, incluindo as condições de vida na infância e adolescência, não se restringindo aos fatores de risco durante a vida adulta.
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