22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE13 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Doenças cardiovasculares (TODOS OS DIAS) |
33220 - DISCRIMINAÇÃO PERCEBIDA E DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ADULTOS BRASILEIROS GABRIELA FREITAS PINHEIRO - UFMG, LUANA KARLA LEITE - UFMG, FERNANDA PENIDO MATOZINHOS - UFMG, JORGE GUSTAVO VELÁSQUEZ MELÉNDEZ - UFMG, MARIANA SANTOS FELISBINO MENDES - UFMG, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG, ALEXANDRA DIAS MOREIRA - UFMG
Objetivo: Avaliar a associação entre a discriminação percebida em serviços de saúde e doenças cardiovasculares (DCV) autorreferidas. Metodologia: Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e amostra nacionalmente representativa de 49.333 indivíduos adultos (idade ≥ 18 anos). A discriminação percebida nos serviços de saúde foi avaliada em: discriminação por falta de dinheiro; classe social; tipo de doença; preferência sexual; raça/cor; sexo; tipo de ocupação; idade; outros. Considerou-se como DCV: relato de infarto, angina, insuficiência cardíaca ou outra. Utilizaram-se modelos de regressão logística multivariada para avaliar a associação entre discriminação percebida e história de alguma DCV, ajustados por variáveis sociodemográficas, hábitos de vida e comorbidades, incluindo-se hipertensão e diabetes. Resultados: Na amostra, 4,23% indivíduos referiram diagnóstico de DCV e 10,60% relataram já ter sentido pelo menos um tipo de discriminação nos serviços de saúde. O relato de ter sofrido pelo menos 1 tipo de discriminação, 2 a 3 tipos e 4 ou mais tipos de discriminações associou-se à maior chance de DCV nos indivíduos em relação a não ter percebido nenhum dos tipos de discriminação (OR:1,68; IC 95%1,25-2,26; OR:2,39; IC 95%1,75-3,26 e OR:2,91; IC 95%1,53-5,52, respectivamente). Ter sido discriminado por raça/cor ou classe social aumentou a chance de DCV em relação àqueles que não relataram sofrer este tipo de discriminação (OR: 2,13; IC95%;1,66-2,74). Todas as associações permaneceram significativas após ajustes. Conclusão: O número de eventos de discriminação percebida em serviços de saúde foi positivamente associado à DCV autorreferida, independentemente de fatores sociodemográficos, hábitos de vida e comorbidades.
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