35578 - PROJEÇÃO DA PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM ADULTOS NO BRASIL EM 2030
JOSÉ MATHEUS OLIVEIRA ESTIVALETI - UNIFESP, JUAN GUZMAN HABINGER - UMFCSC, JAVIERA LOBOS - DSC, RAFAEL CLARO - UFMG, GERSON FERRARI - USACH, FERNANDO ADAMI - FMABC, LEANDRO F. M. REZENDE - UNIFESP
Objetivo: Projetar a prevalência de obesidade (índice de massa corporal – IMC ≥30 kg/m2) em adultos no Brasil em 2030, segundo sexo, raça/cor da pele, escolaridade e capitais dos estados brasileiros. Métodos: Dados de IMC coletados por entrevista telefônica pelo Vigitel junto a 730.309 mil adultos (≥18 anos) nas capitais de estado e Distrito Federal entre 2006 a 2019 foram utilizados. A prevalência de obesidade foi estimada para cada ano. Modelos de regressão logística multinomial foram utilizados para predizer a prevalência das categorias de IMC em função do tempo até 2030. Resultados: A prevalência de obesidade em adultos no Brasil será de 29,6% (IC95% 28,4-30,7%) em 2030. A prevalência de obesidade será maior em mulheres (30,3%; IC95% 28,8-31,8%) do que em homens (28,5%; IC95% 26,7-30,4); adultos com cor da pele “não branca” (30,9%; IC95%: 29,4-32,5%) do que em brancos (27,6%; IC95%: 25,8-29,3%); e em adultos com 0-7 anos de estudos (35,3%; IC95% 32,9-37,7%) do que os com ≥12 anos de estudos (26,1%; IC95% 23,9-28,3%). As capitais brasileiras com maior prevalência de obesidade serão Manaus (35,8%; IC95% 31,0-40,6%), Cuiabá (34,9%; IC95% 30,7-39,0%) e Rio Branco (32,8%; IC95%: 29,5-39,8%), enquanto as capitais com menor prevalência serão Florianópolis (23,0%; IC95% 19,6-26,5%), Palmas (23,8%; IC95% 19,8-27,8%) e Curitiba (24.9%; IC95% 21,5-28,4%). Conclusão: Nossa análise indica que a prevalência de obesidade continuará a aumentar em todo o país. Desigualdades em saúde entre regiões e grupos sociodemográficos se agravarão nos próximos anos.
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