22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE13 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Doenças cardiovasculares (TODOS OS DIAS) |
35839 - POLIFARMACIA E INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA DE BENZOIDIAZEPÍNICOS EM IDOSOS NA REDE BÁSICA
PRISCILA FERNANDES DE CAMPOS - FCM/UNICAMP, GUILHERME PEDERZINI DA SILVA - FCM/UNICAMP, ARLETE MARIA VALENTE COIMBRA - FCM/UNICAMP, EDMILSON ROCHA MARQUES - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE/CAMPINAS, MARIA RITA DONALISIO - FCM/UNICAMP
Objetivos: identificar o padrão de prescrição de medicamentos com destaque aos Benzodiazepínicos (BDZ) em idosos na Atenção Primária à Saúde em Campinas, SP e avaliar riscos de polifarmácia e interação medicamentosa.
Métodos: estudo transversal da totalidade de prontuários de idosos com dispensação de BDZ em unidade básica de saúde de Campinas, (população adscrita de 38.000 habitantes) durante 4 meses de 2018, a partir de lista de controle da farmácia. Variáveis de estudo: sociodemográficas (sexo, idade, local de moradia, escolaridade) e clínicas (doenças crônicas, diagnósticos nos últimos 12 meses) e medicamentos em uso (quais, doses, tempo médio de uso).
Resultados: Entre os 59 idosos em uso de BDZ, 86% era mulher, 54,2% com 60 a 69 anos, 79,8% possuía comorbidades e mais de 4 medicamentos prescritos na última consulta. Doses maiores de 30 mg/dia de BDZ sem referência de retirada foram registradas em 59% dos casos. Comorbidades psiquiátricas foram encontradas em 81,4%, sendo a depressão a mais frequente (50,8%). Interações medicamentosas potenciais foram identificadas nas prescrições, particularmente com drogas depressoras do Sistema Nervoso Central e BDZ.
Conclusão: Uso crônico de BDZ em idosos, em altas doses, em prescrições de “polifarmácia”, com potencial de interação medicamentosa e sem estratégias explícitas de retirada dos medicamentos são preocupantes na rede básica. Reflexão sobre o atendimento clínico, treinamento das equipes e ações adequadas podem ter impacto para reverter estas distorções.
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