22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE16 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Fatores de risco e de proteção para doenças crônicas (TODOS OS DIAS) |
36447 - PADRÕES ALIMENTARES E SUA RELAÇÃO COM A OCORRÊNCIA DE MULTIMORBIDADE EM MULHERES JAQUELINE STURMER - UNISINOS, DÉBORA LUIZA FRANKEN - UNISINOS, DAIANE LUISA TERNUS - UNISINOS, RUTH LIANE HENN - UNISINOS, FERNANDA SOUZA DE BAIRROS - UFRGS, JUVENAL SOARES DIAS-DA-COSTA - UNISINOS, MARIA TERESA ANSELMO OLINTO - UNISINOS E UFRGS, VERA MARIA VIEIRA PANIZ - UNISINOS
Objetivos: Investigar a associação entre padrões alimentares e a ocorrência de multimorbidade, em amostra representativa de mulheres.
Métodos: Estudo transversal de base populacional com 1.128 mulheres de 20-69 anos, residentes na área urbana de São Leopoldo, RS. Definiu-se multimorbidade pela presença de ≥2 condições crônicas e operacionalizou-se por meio de um escore cardiometabólico composto incluindo dois domínios: cardiovascular (hipertensão, distúrbios circulatórios e doenças cardíacas), e endócrino (diabetes, dislipidemia e doenças da tireoide). Analisou-se o escore composto por meio de regressão logística ordinal utilizando-se distintos modelos de ajuste para testar a associação com três padrões alimentares (quintil) derivados por análise de componentes principais: saudável, de risco e brasileiro.
Resultados: Após ajuste para fatores de confusão observou-se efeito dose-resposta positivo entre maior adesão ao padrão alimentar saudável (5º quintil) e maior escore cardiometabólico (OR=3,21; IC95%: 1,92–5,38). O oposto foi observado com relação ao efeito do padrão alimentar brasileiro (OR=0,60; IC95%: 0,36–1,00), embora limítrofe. O padrão alimentar de risco não se manteve associado ao desfecho.
Conclusões: Em se tratando de estudo transversal, a força de associação encontrada entre o padrão alimentar saudável e o escore de multimorbidade cardiometabólico aponta para mudanças nos hábitos alimentares com adoção do consumo de frutas, legumes, cereais integrais e peixes após o diagnóstico de múltiplas condições crônicas. Embora monótono, a manutenção do padrão alimentar brasileiro durante a vida pode ser considerada fator de proteção para multimorbidade ou complicações desta. Intervenções dietéticas já no início da idade adulta são fundamentais na prevenção da multimorbidade em mulheres.
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