22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE16 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Fatores de risco e de proteção para doenças crônicas (TODOS OS DIAS) |
36450 - RELAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS AUDITIVA E VISUAL NA OCORRÊNCIA DE DCNT E COMPORTAMENTOS DE SAÚDE MARINA CARVALHO ARRUDA BARRETO - UFC, MAYRA SOLANGE LOPES DE VASCONCELOS - UFC, ILEANA PITOMBEIRA GOMES - UFC, LARISSA FORTUNATO ARAUJO - UFC, SHAMYR SULYVAN CASTRO - UFC
Objetivos: Analisar as associações da deficiência auditiva e visual na ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e comportamentos de risco à saúde. Métodos: Estudo transversal com 59.540participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (2013). As variáveis respostas foram: presença de diabetes (DM), hipertensão (HM), hipercolesterolemia, doença cardiovascular(DCV), consumo abusivo de álcool e tabagismo. As variáveis explicativas de interesse foram: auto relato de deficiência visual e auditiva, sendo congênitas ou adquiridas. As magnitudes das associações e seus respectivos intervalos de confiança (IC 95%) foram estimados por meio de regressão logística com ajustamento sequencial por idade, sexo, raça, escolaridade, macrorregião do Brasil, região (Urbano/rural) e autopercepção de saúde. Resultados: Do total da população de estudo, 53% eram mulheres, 16% com idade entre 18-24 anos; 22% entre 25-34 anos; 20% entre 35-44 anos; 18% entre 45 - 54 anos; 14% entre 55-64 anos e 11% com mais de 65 anos. 5,6% da população autorrelatou ter deficiência visual e 2,3%, auditiva. Após completo ajustamento, à deficiência visual permaneceu associada com a maior ocorrência de DCV (OR: 1,3 IC95% 1,0-1,6), DM (OR: 1,1, IC95% 0,8-1,4) e hipercolesterolemia (OR: 1,1, IC95% 0,8-1,4), já a deficiência auditiva apenas com à DCV (OR: 1,3, IC95% 0,9-1,4).Contudo, as exposições não foram associadas ao consumo abusivo de álcool e ao tabagismo. Conclusões: O estudo proporciona uma maior compreensão sobre a epidemiologia das DCNT e comportamentos de risco à saúde em pessoas com deficiência visual e auditiva, evidenciando suas vulnerabilidades e, assim, contribuindo para o desenvolvimento de práticas de saúde da população.
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