22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE16 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Fatores de risco e de proteção para doenças crônicas (TODOS OS DIAS) |
36731 - ASSOCIAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS E HAS E/OU DM EM ADULTOS, VIGITEL 2019
LYSA MARIE RODRIGUES SONDAHL BIBIANI - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF, VALÉRIA TRONCOSO BALTAR - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
Objetivo: Analisar a associação entre o perfil de consumo de alimentos industrializados e a prevalência de hipertensão e diabetes auto-referidos em adultos brasileiros. Métodos: Estudo transversal que utilizou amostra de 52443 adultos do Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2019. Com análise de agrupamento hierárquico (Ward) do consumo no dia anterior de 13 alimentos industrializados foram criados três grupos. Foi criada uma variável combinando hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM), e calculou-se as prevalências da ocorrência de cada combinação em cada grupo considerando o delineamento do estudo. Resultados: o grupo 1 se caracterizou por indivíduos que consumiram somente biscoitos salgados (16,1%) e margarina (28,7%). O grupo 2 exibiu alto consumo de iogurte industrializado com sabor (99,9%), enquanto que o grupo 3 apresentou a maior frequência de consumo de alimentos como margarina (46,2%), pães (40,3%), refrigerante (34,8%), frios (34,1%) e sobremesas industrializadas (31,3%). O grupo 1 apresentou a maior prevalência de indivíduos hipertensos com 24,7% (IC=23,1% - 26,3%), diabéticos 3,0% (IC= 2,5% - 3,5%) e com as duas doenças simultaneamente 9,2% (IC=8,2% - 10,3%) quando comparados com grupo 2 (5,0%[3,9;6,3], 2,2%[1,5;3,2], 20%[18,1,22,6]) e grupo 3 (4,1%[3,8; 4,5]; 2,2%[2;2,6], 18,2%[17,4;19]), respectivamente. Conclusão: Por ser um estudo transversal, os resultados sugerem uma causalidade reversa, onde os indivíduos portadores de doenças associam-se aos grupos que apresentam alimentação com melhor qualidade nutricional, provavelmente porque alteraram seu padrão alimentar em decorrência da doença.
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