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22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE17 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Outras doenças crônicas (TODOS OS DIAS)

33564 - INTERSECÇÃO GÊNERO - RAÇA/COR DA PELE E INCIDÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NO ELSA-BRASIL
ETNA KALIANE PEREIRA DA SILVA - UFMG, SANDHI MARIA BARRETO - UFMG, EDNA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, LIDYANE DO VALLE CAMELO - UFMG, ALEXANDRE DA COSTA PEREIRA - USP, ROSANE HARTER GRIEP - FIOCRUZ, MARIA DE JESUS MENDES DA FONSECA - FIOCRUZ, LUANA GIATTI - UFMG


Objetivos: Investigar se as identidades sociais reveladas na intersecção de gênero- raça/cor da pele estão associadas com a incidência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) entre participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA – Brasil). Métodos: Incluiu-se 8.528 servidores, sem HAS ou doenças cardiovasculares na visita 1 (2008-2010). HAS foi definida como pressão arterial sistólica≥140mmHg ou pressão arterial diastólica≥90mmHg ou uso de medicamentos anti-hipertensivos. A associação entre os grupos interseccionais e HAS foi estimada usando modelos lineares generalizados, com distribuição de Poisson e função de ligação logarítmica, ajustada por covariáveis mensuradas na visita 1. Resultados: A densidade de incidência de HAS foi de 43,4 por 1000 pessoas-ano, média de 3,5 anos de seguimento. Entretanto, essa densidade de incidência variou entre os grupos interseccionais de 30,5 em mulheres brancas a 59,4 em homens pretos. O risco de HAS ajustado por idade e história familiar foi maior em mulheres pardas (RDI: 1.47; IC95%: 1.31-1.67), mulheres pretas (RDI: 1.85; IC95%: 1.50-2.30), homens brancos (RDI: 1.76; IC95%: 1.49-2.08), homens pardos (RDI: 1.89; IC95%: 1.59-2.25) e homens pretos (RDI: 2.25; IC95%: 1.65-3.08) em comparação às mulheres brancas. Associações que se mantiveram após ajuste por características sociodemográficas, comportamentais e de saúde. Conclusões: A abordagem interseccional chama atenção para as experiências de risco heterogêneas de HAS em grupos que geralmente são vistos como homogêneos como é o caso de mulheres e negros. Os resultados evidenciam complexas relações entre as disparidades raciais e gênero na incidência de HAS, visibilizando as experiências vividas na convergência de múltiplas identidades.

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