22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE17 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Outras doenças crônicas (TODOS OS DIAS) |
33714 - EVOLUÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA EM ADULTOS DE 2006 A 2016 E PADRÃO SOCIODEMOGRÁFICO LISIANNY CAMILLA COCRI DO NASCIMENTO FERREIRA - UFPE, MARIA LAURA SIQUEIRA DE SOUZA ANDRADE - UFPE, MARIA IZABEL SIQUEIRA DE ANDRADE - UFAL, MALAQUIAS BATISTA FILHO - IMIP, PIERRE TRAISSAC - IRD, PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA - UFPE
Objetivo: Avaliar a evolução da síndrome metabólica (SM) em adultos do estado de Pernambuco de 2006 a 2016 e padrão sociodemográfico.
Métodos: Análise secundária de dois estudos transversais: adultos pesquisados entre 25-59 anos em 2006 (n=1272) e 2016 (n=762). A SM foi definida a partir da harmonização do consenso internacional de cardiologia e da Pesquisa Nacional de Saúde como ≥ 3 componentes: circunferência abdominal, colesterol, triglicerídeos e hipertensão arterial elevados ou em tratamento para essas anormalidades. A evolução 2016 vs. 2006 foi avaliada através de odds-ratios (OR) brutas e ajustadas, total ou dentro das categorias das variáveis sociodemográficas (regressão logística apresentando tempo x interações de covariáveis, significantes para p=0,20).
Resultados: A prevalência da SM aumentou de 32,5% em 2006 para 47,1% em 2016 (OR=1,9; 95%IC[1,3-2,7]), principalmente devido ao aumento do colesterol e obesidade abdominal. Em modelos ajustados, o aumento foi maior para mulher vs. homem (OR=2,6 vs 1,6, p=0,12), entre brancos vs. outros (OR=3,2 vs. 1,8, p=0,13), em áreas urbana vs. rural (OR=2,3 vs 1,4, p=0.20), para sujeitos com nível intermediário de educação (OR=3,7 vs. OR=2,3 para o menor nível ou OR=1,3 para o maior, p=0,15) e entre profissionalmente ativo vs. inativo (OR=2,4 vs. 1,5, p=0,14). Não houve efeito modificador da idade ou nos tercis do índice de condição socioeconômica.
Conclusão: O aumento acentuado na prevalência da SM foi principalmente devido aos componentes de colesterol e adiposidade abdominal. O forte padrão sociodemográfico da evolução pode oferecer pistas para a prevenção direcionada para conter o aumento, como para abordar as desigualdades.
|