22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE17 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Outras doenças crônicas (TODOS OS DIAS) |
37745 - PADRÕES DE MULTIMORBIDADE EM UMA MEGACIDADE: ESTUDO TRANSVERSAL NA CIDADE DE SÃO PAULO
RICARDO GOES DE AGUIAR - UNIFAL-MG / FSP/USP, DANIELA SIMÕES - ESCOLA SUPERIOR SAÚDE SANTA MARIA (PORTO-PORTUGAL), MOISES GOLDBAUM - FMUSP, CHESTER LUIZ GALVÃO CESAR - FSP/USP, RAQUEL LUCAS - ISPUP
O estudo teve como objetivo identificar padrões empíricos de multimorbidade e quantificar a associação com características socioeconômicas, comportamentais e desfechos em saúde na cidade de São Paulo (SP). Trata-se de um estudo transversal realizado por meio de entrevistas domiciliares com residentes com 20 anos ou mais em setores de situação urbana na cidade de São Paulo (n = 3.184). Análise de classe latente foi utilizada para identificar padrões de coexistência de 22 condições em saúde. Utilizando regressão de Poisson foram estimadas as razões de prevalências ajustadas por faixa etária. com intervalo de confiança de 95%, considerando o peso amostral e os aspectos relacionados ao desenho complexo da amostra. A análise de classes latentes apontou 4 padrões de multimorbidade com 58,6% dos indivíduos sendo atribuídos à classe com baixa probabilidade de doença, seguido por condições cardiovasculares (15,9%), condições respiratórias (12,8%) e condições reumatológicas, musculoesqueléticas e emocionais (12,76%). Os indivíduos mais velhos, com menor escolaridade e menor renda familiar apresentaram prevalências de multimorbidade maiores nos três padrões (condições cardiovasculares; respiratórias; e reumatológicas, musculoesqueléticas e emocionais) em relação ao padrão com baixa probabilidade de doença. As diferenças encontradas em outras variáveis não permitiram identificar tendências entre os padrões, sugerindo a necessidade de estudos adicionais sobre o tema, que possibilitem estimar a magnitude do problema e propor ações para a organização da atenção à saúde de maneira a considerar sua complexidade e a necessidade de que os sistemas de saúde se preparem para ofertar atenção com uma abordagem interprofissional e centrada na pessoa.
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