22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE18 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Saúde mental (TODOS OS DIAS) |
36292 - ALTA MAGNITUDE DE TRANSTORNO MENTAL COMUM ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
CAROLINA MARTINHO CUNHA - UFBA, JOÃO PEDRO RESENDE SCAPIM - UFBA, DANIEL ALBUQUERQUE FORTES - UFBA, KIONNA OLIVEIRA BERNARDES SANTOS - UFBA, RITA DE CÁSSIA PEREIRA FERNANDES - UFBA
Objetivos: Estimar a prevalência e os fatores associados ao Transtorno Mental Comum (TMC) entre acadêmicos de medicina de uma universidade pública na Bahia, Brasil. Métodos: Estudo de corte transversal, com todos os estudantes matriculados do primeiro ao oitavo semestre de curso, em 2018 (n = 616). Utilizou-se questionário autoaplicável contendo SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire), IPAQ (International Physical Activity Questionnaire - forma longa), variáveis sociodemográficas, escolares, ocupacionais, autopercepção de saúde, uso de álcool e tabaco. Análise multivariada foi realizada, por meio da Regressão de Cox, investigando fatores associados ao desfecho TMC. Resultados: A taxa de resposta obtida foi de 90,2% (556 estudantes). SRQ-20 foi analisando segundo suas dimensões: 1) Humor depressivo-ansioso: 78,8% sentiam-se nervosos/preocupados; 2) Decréscimo de energia vital: 61,7% sentem-se sempre cansados; 3) Sintomas somáticos: 56% dormem mal; 4) Pensamentos depressivos: 36 possuem pensamentos suicidas. A prevalência geral de TMC foi 53,3% (54% mulheres; 52,4% homens). Houve maior prevalência de TMC entre aqueles que não possuíam graduação prévia (49%), tinham uma autopercepção de saúde desfavorável (53%), estavam semestralizados no curso (20%) e faziam uso de tabaco (19%). Neste estudo, onde a atividade física (AF) foi analisada segundo seus diferentes domínios, ser pouco ativo teve associação positiva, porém fraca, com TMC, apenas nas dimensões AF de lazer e deslocamento ativo. Conclusões: A prevalência de TMC observada entre os estudantes foi elevada e associou-se principalmente à autopercepção desfavorável de saúde. Os resultados demonstram a necessidade de incrementar novas políticas institucionais de apoio à saúde mental dos estudantes e fortalecer as já existentes.
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