22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE18 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Saúde mental (TODOS OS DIAS) |
37137 - TENDÊNCIAS E FATORES ASSOCIADOS À DEPRESSÃO AUTORREFERIDA NO BRASIL: PNS 2013-2019
MARCELO RUBENS DOS SANTOS DO AMARAL - IME-UERJ E IMS-UERJ, NÉLITON GOMES AZEVEDO - UVA, PEDRO HENRIQUE DELGADO MONTEIRO DE CASTRO - IME-UERJ, POLIANNA MAGALHÃES GOMES - IME-UERJ
Objetivos: proporcionar análise longitudinal, identificar fatores associados e distribuição espacial por unidade da federação das estimativas das prevalências de depressão autorreferida. Métodos: os dados são provenientes das amostras de moradores acima de 18 anos de dois inquéritos epidemiológicos nacionais, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) dos anos de 2013 (n=60.202) e 2019 (n=88.531). Análises estatísticas foram realizadas com pacotes do software R, destaque para o survey e SIPDIBGE, considerando ajuste de pós-estratificação com as populações projetadas pelo IBGE das áreas de ponderação. Foram estimadas prevalências pelas categorias das variáveis do estudo, e as razões de chances por regressões logísticas. O estudo envolveu modelagem das variáveis da PNS agrupadas em temáticas sociodemográficas, de hábitos alimentares, de prática de atividade física e de consumo de álcool e cigarro. Resultados: as prevalências de depressão em 2013 e 2019 foram respectivamente 7,6% (IC95% 7,2-8,0%) e 10,2% (IC95% 9,9-10,6%). Esta tendência de aumento estatisticamente significativo se repetiu em 13 unidades da federação, e nas demais 14 sem queda estatística (apenas duas quedas pontuais). Destacam-se níveis maiores de depressão para mulheres, residentes na região sul e níveis menores para dieta rica em peixes. Conclusões: considerando resultados de indicadores que apontam estabilidade no acesso a serviços de saúde provenientes da PNS e também a vasta literatura que indica a associação de períodos de crises econômicas e sociais com a piora em desfechos de saúde mental, conjectura-se que as tendências generalizadas de aumento nas prevalências de diagnósticos de depressão no Brasil estariam associadas à crise vivenciada no período.
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